> >
Ação na Justiça pede suspensão do pagamento de rotativo em Vitória

Ação na Justiça pede suspensão do pagamento de rotativo em Vitória

Movimento Praia do Canto Merece Mais, entidade representativa da comunidade, fez a petição e alega descumprimento do contrato que previa a instalação de câmeras de videomonitoramento na cidade

Publicado em 28 de novembro de 2019 às 18:48

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Parquímetro no Centro de Vitória: ação na Justiça propõe suspensão da cobrança de rotativo até instalação das câmeras de videomonitoramento. (Arquivo A Gazeta)

Uma ação popular foi proposta à Justiça nesta quarta-feira (27) para que a cobrança no rotativo de Vitória seja suspensa. A iniciativa visa obrigar a empresa administradora do serviço a instalar as câmeras de videomonitoramento previstas no contrato celebrado com a prefeitura há cinco anos.  A volta do pagamento pelo estacionamento na Capital ficaria, segundo a petição, condicionada ao cumprimento contratual. 

A petição foi apresentada pelo empresário Armando Fontoura, representante do Movimento Praia do Canto Merece Mais, que alega que, das 120 câmeras que deveriam ser instaladas, apenas 25 entraram em operação e algumas, atualmente, nem estariam em funcionamento. O quantitativo de equipamentos apresentado na ação se baseia em uma manifestação da própria prefeitura, após consulta feita pela Câmara Municipal.

Ação na Justiça pede suspensão do pagamento de rotativo em Vitória

Na ação, que é movida contra a empresa vencedora do contrato, a Tecgold Sistemas Ltda, e a Prefeitura de Vitória, também se destaca o valor estimado de arrecadação com o rotativo em 10 anos de contrato, que vence em agosto de 2024, mas pode ser prorrogado. Há uma previsão de R$ 61,28 milhões, sendo que R$ 22 milhões seriam repassados para a administração municipal.

"Não somos contra o rotativo, mas trata-se de um negócio lucrativo em que a contrapartida que cabia à empresa não é cumprida, e a prefeitura não toma providências. Se as câmeras não foram instaladas, o pagamento deveria ser suspenso até a situação ser regularizada", ressalta Fontoura.

Atualmente, são 10 bairros de Vitória que têm o rotativo – Bento Ferreira, Centro, Cidade Alta, Enseada do Suá, Jardim da Penha, Parque Moscoso, Praia do Canto, Praia do Suá, Santa Lúcia e Vila Rubim – alcançando quase 6 mil vagas distribuídas pela cidade. O menor valor é R$ 1,30, por meia hora de estacionamento, e o maior, R$ 3,80, por 3 horas. Também pode ser cobrada uma tarifa pós-utilização, no valor de R$ 11,40, dos motoristas que usam o rotativo de maneira incorreta ou que excedem o tempo pago para permanecer na vaga. 

O advogado da empresa, Rogério Previatti, mostrou-se surpreso com a ação, mas garantiu que vai comprovar, em juízo, que a parte contratual que cabe à Tecgold foi cumprida e que não há nada para entregar que a prefeitura já tenha solicitado. 

"Em relação às câmeras, fazemos a instalação conforme a prefeitura solicita. Houve uma ordem de serviço para 25 câmeras iniciais, que já foram instaladas, e as outras 95 aguardam solicitação da prefeitura para a instalação porque todo o cabeamento e estrutura para instalar é de responsabilidade da prefeitura", ressalta.

Previatti destaca ainda que a Tecgold aguarda a notificação oficial para poder responder aos termos da ação e reafirma que todo objeto do contrato tem sido entregue, bem como o recolhimento de tributos e o repasse das outorgas (preço público pago pela exploração do serviço).

Este vídeo pode te interessar

Já a Prefeitura de Vitória respondeu, por meio de nota, que não recebeu nenhuma notificação até o presente momento.

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais