Publicado em 6 de julho de 2023 às 11:53
A Polícia Federal realiza nesta quinta-feira (6) operação que mira supostos testas de ferro da pirâmide financeira Telexfree. Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão nas cidades da Serra e Vila Velha. Além da operação, a Justiça Federal também autorizou o bloqueio de imóveis e de R$ 2 milhões em contas bancárias dos suspeitos. >
De acordo com o superintendente da Polícia Federal, Eugênio Ricas, a operação decorre do avanço nas investigações relativas às fraudes envolvendo a Telexfree. Na fase atual, os policiais investigam “o proveito do crime”. “Estão sendo buscados bens e informações que levem aos investimentos financeiros ocultados pelos criminosos”, informa.>
Participaram da operação um total de oito policiais federais, cumprindo as buscas que ocorrem em dois endereços nas cidades da Serra e de Vila Velha. Segundo nota da Polícia Federal, são locais onde residem os suspeitos (“testas de ferro”) que se colocavam à frente dos negócios para manterem ocultos os reais proprietários dos bens adquiridos com o esquema de pirâmide financeira.>
Em um dos locais, um homem foi preso por posse ilegal de arma de fogo e será liberado após pagamento de fiança. A nota da PF informa, ainda, que a Justiça Federal determinou o bloqueio de imóveis ocultados em nome dos “testas de ferro”, além do montante de cerca de R$ 2 milhões de suas contas bancárias.>
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Os investigados responderão pelo crime de lavagem de dinheiro e, se condenados, podem pegar até dez anos de prisão.>
A Ympactus, que fazia a representação da Telexfree no país, começou a atuar em território brasileiro em 2012, oferecendo planos de telefonia pela internet, o chamado VoIP. A empresa dizia lucrar muito com o setor e adotou um sistema de venda direta remunerada para divulgar o produto. >
A promessa era de que, para lucrar, era necessário estimular os compradores a se tornarem revendedores. Ou seja, era preciso atrair mais compradores/divulgadores, que, sem saber, pagavam pela remuneração dos clientes mais antigos. >
Em 2013, o Ministério do Acre solicitou a proibição das atividades da empresa no país, e diversos outros processos surgiram a partir daí. Quase um milhão de brasileiros foi prejudicado e, ainda hoje, muitos nunca recuperaram a soma investida. A cifra devida chega a R$ 2 bilhões.>
Hoje, a grande maioria dos processos envolvendo os chefes do esquema, Carlos Costa e Carlos Wanzeler, está tudo em fase recursal, e a falência se encontra em fase de arrecadação e avaliação de ativos da massa falida (Telexfree). Somente encerrada esta etapa será feito o rateio.>
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