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Publicado em 12 de julho de 2022 às 09:35
O Espírito Santo foi o Estado brasileiro que registrou maior queda no preço da gasolina após o a redução da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e a mudança no cálculo de tributação. O litro do combustível chegou a ficar R$ 1,07 mais barato na semana de 3 a 9 de julho, em comparação com a semana anterior. >
O preço médio da gasolina comum em território capixaba passou de R$ 7,31 o litro para R$ 6,24, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). >
Porém, conforme levantamento realizado pela reportagem de A Gazeta em estabelecimentos da Grande Vitória e do interior, no último dia 9, em alguns postos, a queda chegou a até R$ 1,19 em um período de sete dias.>
Após as mudanças na cobrança do ICMS, a previsão de redução nos postos chegava a R$ 0,81 por litro de gasolina, segundo cálculos da Fazenda estadual. Entretanto, tratava-se tão somente de uma estimativa. A redução real dependerá de diversas questões, inclusive a margem de lucro dos estabelecimentos.>
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Outros dois Estados também registraram queda acima de R$ 1. No Rio de Janeiro, o preço médio passou de R$ 7,64 para R$ 6,58, em queda de R$ 1,06. Já em Goiás, o preço médio diminuiu R$ 1,02, passando de R$ 7,08 para R$ 6,06.>
Apenas algumas semanas atrás, o litro da gasolina chegou a encostar em quase R$ 8, não apenas no Estado, mas também em outros locais do país. >
É que, além dos tributos, também compõem o preço dos combustíveis: o preço pelo qual o óleo é vendido às distribuidoras, a margem de lucro desses estabelecimentos e também dos postos que vendem ao consumidor final. >
A escalada do dólar e a valorização do barril de petróleo no mercado global resultaram em constantes altas nos combustíveis nos últimos anos. Desde 2017, no governo de Michel Temer, a Petrobras passou a considerar esses dois componentes para calcular o preço de venda nas refinarias.>
Essa política de preços, conhecida como paridade internacional, resultou numa queda temporária nos preços no início da pandemia, em 2020, em função da menor demanda por petróleo no mundo. Com a retomada global a partir da vacinação em 2021, o petróleo voltou a se valorizar e os combustíveis dispararam no Brasil. >
A situação, já complicada, foi agravada em 2022 pelo conflito entre Rússia e Ucrânia, que voltou a desequilibrar a cadeia de oferta e resultou em aumento de preços e maior volatilidade nas cotações internacionais.>
O Estado que registrou menor redução no preço do gasolina entre as semanas de 26 de junho a 2 de julho e de 3 a 9 de julho foi Roraima. O preço médio do combustível passou de R$ 6,98 para R$ 6,83, apresentando queda de apenas R$ 0,15. Naquele Estado, a redução do ICMS só passou a valer em 4 de julho.>
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