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Homem morre esmagado por máquina durante o trabalho em Vila Velha

Homem morre esmagado por máquina durante o trabalho em Vila Velha

O acidente ocorreu no início da tarde desta segunda-feira, em São Torquato; vítima tinha 35 anos

Publicado em 21 de setembro de 2020 às 17:03

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Acidente de trabalho resulta em morte em Vila Velha
Acidente de trabalho resulta em morte em Vila Velha. (Jorge Félix)

Um homem de 35 anos morreu no início da tarde desta segunda-feira (21), por volta das 13h10, após ter sido esmagado por maquinário na empresa do ramo de alimentos onde trabalhava, no bairro São Torquato, em Vila Velha.

Segundo colegas, Thiago Marins trabalhava na função de ajudante há 10 meses e morava no Centro de Vitória. A mãe da vítima,  Sandra Marins, em entrevista à TV Gazeta, disse, aos prantos, que Thiago era o homem da casa e que ajudava em tudo. 

Polícia Civil informou que o caso seguirá sob investigação da Delegacia Especializada de Acidentes de Trabalho, que já iniciou as diligências para apuração dos fatos. O corpo foi encaminhado ao Departamento Médico Legal de Vitória.

Thiago Marins, 36 anos. (Arquivo da família)

O superintendente Regional do Trabalho no Espírito Santo, Alcimar Candeias, informou que será feita análise do acidente, mas que, apesar disso, o relatório não é imediato e que o tempo para ser concluído pode variar, levando, em média, 30 dias. "O nosso modelo de análise tem o viés de identificação das causas, diferente do investigado pela polícia, que busca precipuamente apurar responsabilidades. E tendo em vista que a análise busca as causas para indicar soluções para que não ocorram situações da mesma natureza, obriga a um trabalho mais amplo", destacou.

Em nota, o Ministério Público do Trabalho no Espírito Santo (MPT-ES), instituição a quem compete a defesa dos direitos sociais dos trabalhadores, informou que teve ciência do acidente que vitimou um trabalhador, na tarde desta segunda-feira (21), dentro de uma fábrica de alimentos no bairro São Torquato, em Vila Velha. Após conhecimento, o órgão ministerial autuou notícia de fato (NF) para realizar as investigações. Confira na íntegra:

O MPT esclarece que a Coordenadoria Nacional de Defesa do Meio Ambiente do Trabalho (Codemat), uma das oito áreas temáticas do MPT, atua no sentido de coibir o desrespeito à legislação de segurança, saúde e higiene do trabalho e garantir a integridade dos trabalhadores do setor. É importante ressaltar que toda empresa deve se comprometer a fornecer equipamentos de proteção coletivo (EPCs) e equipamentos de proteção individual (EPIs) adequados a seus funcionários, bem como a cumprir as demais normas de saúde e segurança do trabalho, com o intuito de evitar a ocorrência de acidentes e de mortes.

A reportagem demandou a Buaiz Alimentos sobre o acidente, que se manifestou por meio de nota:

"A Buaiz Alimentos lamenta o acidente ocorrido nesta segunda-feira, na fábrica de Mistura para Bolo, que, infelizmente, levou a óbito o empregado da RFJ Soluções em Transporte, empresa terceirizada que atua na área de carga e descarga. A empresa reitera seu compromisso com as práticas de segurança e valorização da vida, também exigido dos seus parceiros e prestadores de serviço e afirma que, junto com a RFJ, está atuando para dar toda a assistência à família da vítima e aos demais colaboradores, contribuindo com a apuração das informações para esclarecer as circunstâncias que levaram ao acidente".

"ELE ERA MUITO CAPRICHOSO, CUIDAVA DE TODO MUNDO", DIZ MÃE DA VÍTIMA

A família de Tiago esteve no DML de Vitória para liberar o corpo na noite desta segunda-feira (21). Sandra, a mãe da vítima, contou que o filho era quem sustentava a casa e a família. "Eu não sou aposentada, o irmão dele tem problema de saúde e não pode trabalhar. Era ele que mantinha a casa, que fazia compras, pagava o aluguel, tudo", contou, emocionada.

Segundo familiares, antes da pandemia de coronavírus, a renda da casa vinha também de bicos que Tiago fazia como garçom em restaurantes e em eventos. Porém, o fechamento desses estabelecimentos fez com que ele ampliasse o tempo que se dedicava ao trabalho na empresa terceirizada.

Ainda de acordo com parentes, Tiago trabalhava descarregando sacos de farinha dos caminhões que chegavam na fábrica, tanto na unidade de São Torquato, em Vila Velha, quanto na do Centro de Vitória. 

Eles afirmam que não ainda não foram informados sobre as circunstâncias da morte e esperam que haja esclarecimento por parte das autoridades. "A família só deseja saber isso, como foi que tudo aconteceu", desabafou uma amiga da família.

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