Publicado em 3 de maio de 2020 às 13:03
O governo do Espírito Santo vai receber R$ 937 milhões como forma de ajuda da União devido à crise do coronavírus. O projeto que garante a ajuda a Estados e municípios foi aprovado na noite deste sábado (2), em votação virtual, pelo Senado. >
Os três senadores do Espírito Santo votaram favoravelmente à proposta.>
De acordo com a Secretaria de Estado da Fazenda, o dinheiro vai ser dividido em duas partes: R$ 225 milhões devem ser empregados no combate à Covid-19 e R$ 712 milhões são uma compensação pelas perdas de arrecadação. Anteriormente, eram esperados R$ 593,6 milhões de repasse e outros R$ 603 milhões de amortização de dívidas com a União e bancos públicos.>
O valor é diferente do que estava sendo esperado inicialmente, já que os senadores aprovaram uma mudança. Inicialmente, eram previstos R$ 60 bilhões para repasse direto aos entes. Desse total, R$ 10 bilhões seriam exclusivos para o combate ao coronavírus e R$ 50 bilhões divididos meio a meio entre os Estados e municípios.>
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Com a mudança, permanecem R$ 10 bilhões exclusivos para o combate à doença e os R$ 50 bilhões restantes passam a ser divididos 60% para os Estados e 40% para os municípios.>
De acordo com o secretário de Estado da Fazenda, Rogelio Pegoretti, a ajuda é importante, mas pode ser insuficiente. No Espírito Santo temos uma projeção de queda de arrecadação em torno de R$ 3,4 bilhões, comenta.>
Rogelio Pegoretti
Secretário de Estado da FazendaA economista Arilda Teixeira avalia a ajuda como necessária e adequada. Porém, ela destaca que o dinheiro precisa ser utilizado para gerar renda num momento pós-pandemia.>
Esse é um recurso finito e os Estados e municípios não podem acreditar que isso vai se transformar em uma bengala permanente. É preciso usar os recursos em atividades que gerem receita tributária lá na frente. Só assim vai ser possível sair da crise, aponta.>
Além do dinheiro que vai ser repassado, o governo federal também está suspendendo a dívida da ordem de R$ 60 bilhões que Estados e municípios têm com a União e com bancos públicos. Com isso, o total da ajuda federal chega a R$ 120 bilhões. No Espírito Santo, de acordo com Pegoretti, essa suspensão pode chegar a cerca de R$ 400 milhões.>
O economista Eduardo Araújo avalia que tal suspensão prejudica os entes federativos que têm boa gestão fiscal e baixo nível de endividamento entre eles o Espírito Santo.>
Estados e municípios que, proporcionalmente, têm mais dívidas vão receber uma parcela maior dos benefícios. Talvez um critério mais interessante seria transferir os recursos na proporção do tamanho da população, avalia.>
Da forma com que foi aprovada a ajuda, Estados como Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul passam a ser mais beneficiados, segundo aponta o economista.>
A ajuda do governo federal aos Estados e municípios já havia sido aprovada na Câmara dos Deputados. Porém, como houve alteração no texto que foi aprovado pelo Senado, a matéria deverá voltar para a apreciação dos deputados federais, antes da sanção presidencial.>
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