Publicado em 13 de fevereiro de 2020 às 21:47
Setores regulados, como o Sistema Financeiro, têm mecanismos para evitar que uma empresa quebre de repente, causando efeitos colaterais na economia. Foi isso que ocorreu com a Dacasa Financeira e Uniletra, do Grupo Dadalto. >
Ao constatar uma grave situação patrimonial e violações às normas, o Banco Central decidiu decretar a liquidação extrajudicial das companhias, nomeando um liquidante para cuidar dos bens para pagar credores e investidores.>
A liquidação extrajudicial, no entanto, não significa a falência da empresa, mas pode levar ao fechamento da companhia. A proposta, contudo, não é essa. A ideia é restabelecer as finanças e atender aos interesses dos credores.>
Segundo a Lei 6.024/1974, o liquidante poderá requerer a falência da instituição financeira e da corretora de valores quando o ativo encontrado não for o suficiente para cobrir pelo menos a metade do valor devido aos credores.>
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Podem ser alvo desse mecanismo negócios do setor financeiro, como bancos, cooperativas de crédito, entidades de previdência, operadoras de seguro e de plano de saúde, corretoras de valores e gestoras de fundos.>
Ao decretar esse tipo de intervenção na empresa, o Banco Central pode ter decretado irregularidades na gestão ou falta de lastro financeiro para empresa continuar operar. >
Os bens da empresa devem ser alienados para pagar os credores da Dacasa. No caso da Uniletra, o patrimônio deve ser usado para devolver os recursos aos investidores, que também devem contar, cada um, com até R$ 250 mil do Fundo Garantidor de Crédito (FGC).>
A inadimplência e a concorrência no setor podem ter sido alguns dos motivos que levaram a Dacasa e Uniletra a precisar de uma liquidação extrajudicial. De acordo com o doutor em Finanças e Contabilidade Fernando Galdi, o setor está muito competitivo.>
"O país passa por uma crise, o que faz a inadimplência crescer. Além disso, o mercado está muito competitivo e o número de empresas está diminuindo", avalia. >
Galdi explica que a liquidação é um mecanismos que o banco possui para intervir nas empresas que fazem parte do sistema. Segundo ele, isso é feito quando o governo percebe que a situação da empresa não está boa.>
A empresa continua funcionando até que todos os credores e ativos sejam liquidados. Os investidores e credores vão ter que esperar, mas ficar atentos e buscar informações sobre a liquidação, conclui. >
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