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Empresários do ES elogiam autorização para reduzir salários, mas querem novas medidas do governo

Empresários do ES elogiam autorização para reduzir salários, mas querem novas medidas do governo

Presidente Jair Bolsonaro e ministros anunciaram medidas nesta quarta-feira (18)

Publicado em 18 de março de 2020 às 22:06

Avenida Expedito Garcia, em Cariacica, vazia. Via é um forte polo comercial na cidade Crédito: Guilherme Ferrari/ Arquivo 06/02/2017

Empresários do Espírito Santo, representantes de setores produtivos, como indústria e comércio de bens e serviços, elogiaram as medidas anunciadas pelo governo Bolsonaro nesta quarta-feira (18) para conter os efeitos econômicos da pandemia de coronavírus.

Entre as medidas está a autorização para redução de salários de trabalhadores em até 50% e a diminuição da jornada de trabalho. A iniciativa deve ser encaminhada ao Congresso por meio de medida provisória.

De acordo com o presidente da Federação do Comércio (Fecomércio), José Lino Sepulcri, essa é uma atitude louvável do governo e pelo menos dá fôlego para os empresários. "A grande preocupação nossa é justamente isso, honrar os compromissos assumidos, não só da parte tributária, mas também com os fornecedores. Normalmente, se não existe movimento nas lojas e a venda cai, isso vai repercutir de forma negativa no fim do mês", aponta.

"Esse é um momento de sacrifício que todos têm que fazer sua parte. Se não há vendas, não há como pagar os funcionários, fornecedores e os impostos. Não queremos que o funcionário seja prejudicado, porém, na atual conjuntura tem que ter um sacrifício das duas partes"

José Lino Sepulcri

Presidente da Federação do Comércio

Já Léo de Castro, presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), afirma que as medidas ajudam,  mas são insuficientes. "O momento que vivemos é muito preocupante. A Câmara dos Deputados acaba de aprovar estado de calamidade pública, o que facilita as ações do governo. Mas precisamos de ações mais ousadas. As empresas precisam de estímulo para resistir a esse período de redução da atividade econômica do país, para assegurar a preservação dos empregos", pontua.

Ainda de acordo com ele, a Confederação Nacional da Indústria (CNI), com o apoio das federações estaduais, encaminhou nesta quarta-feira uma série de sugestões ao presidente e ao ministro da Economia.

Elas incluem o adiamento, por 90 dias, do pagamento de todos os tributos federais, incluindo as contribuições previdenciárias, a prorrogação, por 90 dias, do prazo para apresentação das obrigações acessórias das empresas e a redução temporária das tarifas de energia elétrica, através da redução de encargos setoriais e da utilização de bandeiras tarifárias mínimas. 

"Precisamos da união de todos, governo, sociedade, setor produtivo, todos precisamos nos unir neste momento para prevenir a disseminação do vírus e para atenuar os impactos na economia e nos empregos. Além disso, precisamos que os bancos públicos e de desenvolvimento facilitem o acesso a capital de giro, inclusive para as empresas que têm crédito imobiliário, com condições diferenciadas de juros, carência de pelo menos 6 meses e flexibilização de garantias. As empresas precisam de fôlego"

Léo de Castro

Presidente da Findes

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