Publicado em 17 de setembro de 2020 às 11:15
Cerca de 30 funcionários dos Correios fazem, na manhã desta quinta-feira (17), uma manifestação na Praça Costa Pereira, no Centro de Vitória. O grupo pede a não privatização da empresa estatal. >
O trânsito na região não foi prejudicado pela manifestação, uma vez que o grupo se mantém na praça e não bloqueou avenidas do Centro da cidade.>
Funcionários dos Correios fazem manifestação em Vitória
Em todo o Brasil, funcionários dos correios estão de greve desde o dia 18 de agosto. O movimento dos trabalhadores é contra a retirada de 70 dos 79 itens do acordo coletivo. Entre os direitos, está o adicional por risco durante a pandemia e licença-maternidade de 180 dias, entre outros.>
Em 2019, após campanha salarial e greve, os trabalhadores e os Correios fecharam, através de acordo no Tribunal Superior do Trabalho (TST ), a convenção coletiva da categoria, válida por dois anos. No entanto, a estatal discordou da decisão e foi ao Supremo, que concedeu liminar, limitando os efeitos da convenção por apenas um ano. Com isso, a validade acabou em julho.>
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Atualização: Procurado pela reportagem de A Gazeta, os Correios informaram, por nota, que desde o mês de julho vem tentando negociar os termos do Acordo Coletivo de Trabalho 2020/2021 "em um esforço para fortalecer as finanças da empresa e preservar sua sustentabilidade". A empresa espera que os funcionários voltem ao trabalho no próximo dia 21, após julgamento do dissídio coletivo.>
"Enquanto os sindicatos insistem em manter uma proposta imprudente, tendo em vista a crise atual, a empresa entende que não há margem para medidas incompatíveis com a situação econômica atual e vislumbra uma economia da ordem de R$ 800 milhões ao ano, apenas com o racionamento dos gastos com pessoal: o suficiente para recuperar, em três anos, o prejuízo de R$ 2,4 bilhões acumulados em gestões passadas", diz a nota.>
O texto afirma ainda que as paralisações "regulares e inconsequentes", além de afetarem a imagem da instituição e de seus empregados perante a sociedade, trazem prejuízos financeiros para grandes e pequenos empreendedores brasileiros "que contam com o bom funcionamento da empresa para manterem seus negócios vivos, sobretudo no contexto atual".>
Por fim, a nota ressalta que no momento em que o desemprego cresce no país, os Correios têm se esforçado para "manter uma empresa de porte nacional funcionando sem sacrificar, sobretudo, os empregos de seus trabalhadores".>
"A empresa luta para atravessar uma crise mundial sem precedentes e busca oportunidades de alavancar seu negócio em um dos poucos segmentos com capacidade de crescimento: o e-commerce. Para isso, os Correios seguem trabalhando a despeito de paralisações: durante fins de semana e feriados, os empregados têm unido forças para garantir a entrega de milhões de objetos. A empresa aguarda o julgamento do dissídio marcado para o próximo dia 21 de setembro e, com ele, o retorno dos trabalhadores, cientes da sua responsabilidade para com a sociedade e da sua importância para a prestação de serviços essenciais à população, em um momento tão delicado para o país e o mundo", encerra a nota.>
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