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Trombose durante e pós-Covid: veja sinais de alerta e como prevenir

Trombose durante e pós-Covid: veja sinais de alerta e como prevenir

A doença, que costuma aparecer nas pernas, é mais comum em casos graves de infecção por coronavírus

Publicado em 19 de maio de 2021 às 10:12

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O médico André Campana, alerta para os riscos da trombose em quem teve Covid-19
O médico André Campana, alerta para os riscos da trombose em quem teve Covid-19. (Reprodução/TV Gazeta)

Covid-19 pode afetar uma pessoa de diferentes formas. Uma delas é a trombose, que consiste na formação de um coágulo no sangue (trombo) que obstrui ou dificulta a circulação de um vaso sanguíneo. A doença, que costuma aparecer nas pernas, é mais comum em casos graves de infecção por coronavírus.

De acordo com o médico André Campana, muitas infecções podem levar à trombose. No entanto, no caso da Covid-19, a inflamação pode ser ainda maior. 

"Todas as infecções podem levar a trombose. Só que a Covid tem uma característica ainda maior: quando o vírus infecciona o organismo, ele se liga a algumas proteínas que são presentes nos vasos também, gerando uma espécie de inflamação. Em algumas pessoas essa inflamação acaba sendo muito forte, intensa, e propícia para a formação de coágulo, que são os trombos", explicou o cirurgião vascular, em entrevista à TV Gazeta.

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Uma defesa do nosso corpo é a estimulação da coagulação, esse sangue endurecido é normal. Mas quando ele se forma dentro de vaso, se torna uma doença, que é a trombose. O grande perigo da trombose é que quando esse coágulo de desloca e começa a navegar dentro do vaso, ele muda de nome e passa a se chamar êmbolo, dando a embolia que tanto assusta

André Campana
Cirurgião vascular
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ACOMPANHAMENTO PÓS-COVID

Para quem teve Covid-19, especialmente nos casos em que foi necessário ficar internado no hospital, a recomendação é fazer um acompanhamento médico por pelo menos um mês. Os sinais de trombose podem aparecer até quatro semanas após a infecção por coronavírus.

"Ela pode aparecer durante a infecção por Covid, mas pode persistir por até 4 semanas. Pacientes que tiveram Covid, principalmente na forma mais grave, que necessitou de internação. Há casos de pacientes que evoluíram com trombose até 20 dias após a infecção (por coronavírus). O ideal é que monitore essas pessoas por um mês. Quanto mais grave for a forma da Covid, maior o risco também de se fazer trombose. Se você tem fator de risco para trombose, como casos da doença na família, esse risco é ainda maior", alerta o médico.

COMO DIMINUIR OS RISCOS?

Em geral, a trombose costuma aparecer nas pernas. Ela é caracterizada por uma dor local, que não melhora, além de inchaço. Segundo Campana, a atividade física é uma importante aliada para reduzir os riscos de adquirir a doença.

"Na maioria dos casos, acontece nas pernas, e em apenas uma delas. Se você perceber o surgimento de dor em apenas uma perna, essa perna mais inchada, mais endurecida, procure um médico especialista. Um dos fatores, além da infecção, é o fato de você não se movimentar. Pessoas acamadas tem risco maior, assim como paciente idosos. Movimente-se, faça atividade física, melhore a hidratação do seu corpo, porque com isso você vai diminuir também os riscos de trombose", orienta o médico.

E se você está no grupo dos que podem receber a vacina contra a Covid-19, mas tem medo de se vacinar e adquirir trombose, o cirurgião vascular faz um alerta: "Tome a vacina. A infecção por coronavirus é muito mais perigosa do que qualquer reação adversa que possa levar à trombose. Vacina sempre em primeiro lugar".

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