Publicado em 14 de julho de 2020 às 17:07
A reportagem de A Gazeta relembrou na última semana o tremor de terra que pôde ser sentido em Vitória em outubro de 1972. Diferente do que divulgou o jornal naquela época, no dia 24 daquele mês, na verdade, o abalo aconteceu em Campos, no Rio de Janeiro, e não na Capital do Espírito Santo. >
A informação foi confirmada pelo especialista George Sand, professor associado do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília, que viu a matéria e entrou em contato com a reportagem a fim de dar mais detalhes sobre o primeiro tremor. "O abalo aconteceu em Campos, no Rio, e foi sentido em Vitória sim. Aquele tremor teve magnitude 4,8. Não aconteceu na Capital do Espírito Santo, mas os capixabas puderam sentir", disse.>
George Sand
EspecialistaAbaixo, no ponto amarelo, o local em que foi registrado o epicentro do tremor em 1972:>
Questionado se não teria sido um maremoto, o especialista explica: "Não é maremoto porque, na verdade, maremoto é quanto tem consequência dos efeitos de temperatura, de tempestade. Maremotos são consequências de tempestades. Aí vem os tsunamis, que são consequências de terremotos oceânicos", detalhou.>
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Mas apesar da existência dos pequenos abalos na costa oceânica, não há chance alguma de maremoto por aqui. "Não acontece porque esses são efeitos pequenos, a magnitude não é forte. O movimento dessa região é muito pequeno para causar qualquer adversidade maior. Não existe o movimento de empurrão como acontece no Japão, por exemplo. É deslocamento horizontal", finalizou.>
Conforme divulgou o jornal àquela época, os moradores da Grande Vitória foram surpreendidos em 24 de outubro de 1972, em uma terça-feira. O abalo sísmico deixou várias pessoas apavoradas. Muitos moradores deixaram suas casas ou locais de trabalho e correram pelas ruas assustados. Vidros quebraram, móveis balançaram e duas mulheres chegaram a desmaiar.>
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O jornal A Gazeta noticiou o fato na época, e a redação chegou a receber várias ligações de pessoas assustadas com o acontecimento. A reportagem que veiculou no jornal do dia seguinte, 25 de outubro, apresentou a fala de um geofísico da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Cícero Moraes, que disse que o abalo tinha ocorrência tradicional e que o mesmo tremor chegou a ser sentido em Niterói, no Rio de Janeiro. >
O tremor, diz a matéria, foi seguido de uma violenta explosão. Na época, o Observatório Nacional da Guanabara atribuiu o fenômeno à acomodação das camadas do solo em virtude da mudança brusca de temperatura, entretanto, não chegou a determinar o epicentro do abalo. "Faltando poucos minutos para as 13h, surgiram as primeiras notícias em relação ao tremor de terra. O Edifício Guruçá, na Praia da Costa, em Vila Velha, teve vários vidros de janelas trincados", diz a matéria. >
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