Publicado em 4 de novembro de 2020 às 18:02
Faltando poucos dias para completar seis meses da morte dos irmãos gêmeos Gabriel de Jesus Silva e Ayla de Jesus Silva, de 2 anos, ocorrida em 14 de maio, o processo judicial sobre o caso ainda não teve um desfecho. As duas crianças morreram depois de um incêndio na casa onde moravam, no município de São Mateus, no Norte do Espírito Santo. >
As crianças estavam sozinhas na hora que a casa pegou fogo. A mãe das crianças, Márcia de Jesus da Silva, de 22 anos, chegou a ser presa no dia do incêndio, acusada de abandono de incapaz, mas foi solta no dia seguinte e está respondendo o processo em liberdade. >
O inquérito da Polícia Civil foi concluído em maio e e encaminhado ao Ministério Público do Espírito Santo (MPES). O pedido do delegado foi pelo indiciamento de Márcia pelo crime de abandono de incapaz com resultado de morte.>
Em setembro os Bombeiros concluíram o laudo pericial da investigação, mas não foi possível apontar a causa para o início do fogo. Na ocasião os Bombeiros informaram que três possíveis causas para o incêndio foram investigadas: efeito termoelétrico, uma ação acidental ou uma ação pessoal. No entanto, não foi possível definir quais das três foi, de fato, a causa o incêndio.>
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Mesmo que a causa do incêndio esteja indefinida, a mãe das crianças pode ser responsabilizada criminalmente pelas mortes. Em denúncia apresentada à 3ª Vara Criminal de São Mateus, o Ministério Público do Espírito Santo acusa a mãe das crianças de ter cometido dois crimes: causar incêndio expondo a perigo a vida de outra pessoa e também por abandono de incapaz. >
O juiz Paulo Sarmento de Oliveira Junior recebeu a denúncia apresentada contra Márcia de Jesus pelo Ministério Público. Na decisão, o magistrado reforçou que a denúncia apresentada, com a exposição dos fatos criminosos, qualificação dos acusados e a classificação do delito, mostra-se formalmente apta a dar início à ação penal.>
O último andamento no processo aconteceu no dia 15 de outubro, mas não existe data prevista para julgamento.>
Em contato com a reportagem de A Gazeta, a advogada que representa a mãe das crianças, Avelânia Barbosa Lobo, afirmou que está acompanhando o andamento do processo na Justiça e preferiu não se pronunciar, por enquanto. >
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