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Gripe aviária: 33 pessoas foram expostas e uma está com sintomas no ES

Gripe aviária: 33 pessoas foram expostas e uma está com sintomas no ES

Primeiro caso suspeito em humano está sendo monitorado pela Secretaria de Saúde, que tem acompanhado todos que tiveram contato com a ave encontrada doente no Parque da Fazendinha, em Jardim Camburi

Publicado em 17 de maio de 2023 às 16:50

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Refúgio da Vida Silvestre da Mata Paludosa (antigo Parque da Fazendinha), em Vitória (ES)
Refúgio da Vida Silvestre da Mata Paludosa (antigo Parque da Fazendinha), em Vitória, está fechado. (Paulo Ricardo Sobral/TV Gazeta)

Após a confirmação de três casos de gripe aviária no Espírito Santo — os primeiros do Brasil —, foi notificado nesta quarta-feira (17) o primeiro caso suspeito de influenza aviária em humano em Vitória. O paciente apresenta sintomas gripais leves e está em isolamento, sendo monitorado pela Secretaria de Saúde de Vitória.

Segundo o Ministério da Saúde informou no início da noite desta quarta, o caso suspeito trata-se de um homem de 61 anos, funcionário do parque municipal — antiga Fazendinha — onde foi encontrada uma ave com resultado positivo para a doença.

Segundo o órgão, "o paciente apresenta sintomas gripais leves e, conforme protocolo de vigilância sanitária, está em isolamento e monitorado por equipes de saúde do município", diz o ministério.

Gripe aviária: 33 pessoas foram expostas e uma está com sintomas no ES

Além do homem que apresenta sintomas, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) identificou outras 32 pessoas que tiveram contato com as aves contaminadas. Todos estão sendo monitorados por equipes de saúde.

Segundo a Sesa, desde a informação sobre os casos identificados de aves contaminadas pelo vírus da influenza aviária H5N1,  equipes da Vigilância Sanitária estavam buscando identificar pessoas que tiveram contato com esses pássaros, fazendo investigação em campo em Vitória, Cariacica e Marataízes.

Dois animais são da espécie Thalasseus acuflavidus, conhecida trinta-réis-bando, e foram resgatados em Marataízes e em Jardim Camburi, em Vitória.

O terceiro é uma ave migratória da espécie Sula leucogaster (atobá-pardo), que estava no Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos de Cariacica (Ipram) desde janeiro e foi infectada pelos dois trinta-réis-bando que lá chegaram. Os três ficaram debilitados e morreram dias depois da infecção.

Trabalhadores do parque

Segundo a Sesa, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Vitória, foram identificados 33 possíveis expostos no Refúgio da Vida Silvestre da Mata Paludosa, o antigo Parque da Fazendinha, localizado em Jardim Camburi, sendo que um deles apresenta sintomas gripais leves e está em isolamento, sob monitoramento do município.

Todos os considerados possíveis expostos são funcionários do parque. No dia em que a ave foi encontrada, o espaço não estava aberto ao público, pois era uma segunda-feira (8).

A Sesa informou ainda que, na manhã desta quarta-feira (17), Vitória realizou a coleta das 33 amostras de contatos e enviou ao Laboratório Central de Saúde Pública do Espírito Santo (Lacen-ES). Após conferência do material, o Lacen encaminhará para análise na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quinta-feira (18).

A Fiocruz é o laboratório de referência para área de abrangência nacional que engloba o Lacen-ES, uma vez que as amostras deverão ser manipuladas em áreas de biossegurança NB-3. Ainda não há informação sobre o prazo para divulgação dos resultados dessas análises.

A Sesa esclarece que as pessoas que tiveram contato com as aves diagnosticadas com a gripe aviária (vírus H5N1) devem ser monitoradas se apresentarem sintomas gripais pelo período de dez dias a partir do contato com a ave contaminada ou com suspeita de contaminação.

Já o Ministério da Saúde ressalta que não foram registrados casos confirmados de influenza aviária A (H5N1) em humanos no Brasil. A transmissão da doença ocorre por meio de contato com aves doentes, vivas ou mortas. E, de acordo com o que foi observado no mundo, o vírus não infecta humanos com facilidade e, quando isso ocorre, geralmente a transmissão de pessoa para pessoa não é sustentada.

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