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Entenda por que máscara e distanciamento devem continuar após a vacina

Entenda por que máscara e distanciamento devem continuar após a vacina

De acordo com a médica infectologista Rúbia Miossi, um primeiro ponto de reflexão está na quantidade de vacinas disponíveis, que é muito inferior ao número de pessoas que vivem no Espírito Santo

Publicado em 19 de janeiro de 2021 às 16:00- Atualizado há 3 anos

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Distribuição e vacinação na Grande Vitória
Maria dos Anjos, 96, costureira aposentada da Piedade é vacinada nesta terça-feira (19). (Fernando Madeira)

Ufa, a vacina chegou! Agora é deixar a máscara em casa e comemorar aglomerando com a família e amigos, certo? Errado. Ainda não é chegado o momento de partir para o abraço: especialistas alertam que cuidados como a manutenção do distanciamento social e como o uso das máscaras precisam ser mantidos mesmo após a aplicação do imunizante.

Inicialmente, de acordo com a médica infectologista Rúbia Miossi, um primeiro ponto de reflexão é o de que a quantidade disponível de vacinas é muito inferior ao número de pessoas que vivem no Estado. Assim, seria necessário vacinar praticamente toda a população para minar a circulação do vírus.

"A vacina protege quem tomar as doses de ter a doença na forma grave. Desse modo, quem tomou a vacina não deve parar de usar a máscara, porque ela não evita a infecção. Existem 50% de chances da pessoa se infectar depois da vacina, tornando-se transmissora do vírus em um ambiente em que a maioria das pessoas não estará vacinada. Então todos devem continuar fazendo distanciamento e usando máscara, da mesma forma como se não tivessem sido vacinadas", explicou a especialista.

Para ela, só será seguro dispensar os cuidados com máscara e distanciamento quando a maioria da população estiver vacinada. "A gente ainda não sabe qual é o cálculo de pessoas que precisam ser vacinadas para o vírus parar de circular no país, então ainda não temos previsão de quando poderemos parar de seguir os protocolos. Acredito que com a velocidade com que as doses estão sendo produzidas e distribuídas, não só da Coronavac, por conta da necessidade do processo de compra a ser seguido, ainda enfrentaremos alguns meses tendo a máscara conosco", frisou.

Distribuição e vacinação na Grande Vitória
Idosos e cuidadores do Asilo de Vitória recebem vacina contra Covid-19. (Fernando Madeira)

TEMPO APÓS A APLICAÇÃO

Além da quantidade de pessoas que precisarão ser imunizadas, existe o tempo entre a aplicação da dose e a eficácia do imunizante. As vacinas que já tiveram a eficácia comprovada, como a Pfizer, Moderna, Oxford/AstraZeneca e a Sputnik V, bem como a Coronavac, do Instituto Butantan, de São Paulo, em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, exigem aplicação de duas doses.

Neste sentido, a orientação será a de tomar a primeira dose e retornar ao posto de vacinação dias depois, conforme orientações das autoridades de saúde. O intervalo entre uma aplicação e outra pode variar entre as diferentes vacinas. Os cientistas alertam que a eficácia do medicamento está diretamente relacionada à aplicação das duas doses. Logo, a exposição sem os protocolos de higiene e distanciamento não pode ser feita logo em seguida à vacinação, já que a vacina precisa de alguns dias para criar os anticorpos e proteger o organismo.

O QUE DIZ O MINISTRO DA SAÚDE

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, defendeu na quarta-feira passada (13), a importância de os brasileiros continuarem seguindo as recomendações das autoridades de saúde como forma de tentar conter o aumento do número de casos do novo coronavírus (Covid-19).

“Todo mundo deve estar focado em salvar vidas. Cada um no seu papel. Se o papel da pessoa é se prevenir para não ficar doente, tomar seus cuidados, manter o afastamento social, este é o papel dela”, disse o ministro, em Manaus, onde apresentou um balanço das ações dos governos federal e estadual para tentar controlar a disseminação do coronavírus naquele Estado.

“Temos que nos cuidar. Temos que seguir as orientações dos gestores. Não adianta lutar contra isto”, disse Pazuello após afirmar que todos têm que colaborar para que o país consiga superar a doença. “O papel das equipes de mídia é informar, manter a população a par do que está acontecendo para que ela fique calma e confie em quem está trabalhando. O dos empresários é manter suas estruturas funcionando para preservar os empregos das pessoas, mas com a devida prevenção e cuidados médicos”.

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