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Após 14 dias, mulher agredida com pedradas em Aracruz deixa a UTI

Após 14 dias, mulher agredida com pedradas em Aracruz deixa a UTI

Claudineia Carvalho, de 35 anos, foi encaminhada para leito de Alta Dependência de Cuidados (ADC). Família está otimista com a evolução do quadro clínico dela

Publicado em 28 de julho de 2022 às 14:32- Atualizado há 2 anos

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Claudineia Carvalho, de 35 anos
Claudineia Carvalho, de 35 anos, levou pedradas na cabeça ao tentar acalmar um vizinho em Aracruz. (Reprodução/Facebook)

Vítima de agressões, inclusive com pedradas na cabeça, em Aracruz, no Norte do Espírito Santo, Claudineia Carvalho Monte Belo, de 35 anos, saiu do quarto de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Jayme Santos Neves, na Serra, nesta quarta-feira (27).

Claudineia ficou internada por 40 dias e recebeu alta médica na última segunda-feira, dia 22 de agosto. A informação foi confirmada nesta quarta-feira (24) pelo pai dela, Claudeci Monte Belo. Ele disse que a filha segue realizando tratamento de fisioterapia e de fonoaudiologia, para recuperar os movimentos e a fala.

Ela sofreu um ataque violento de um homem na madrugada de quinta-feira (14) e o principal suspeito pela tentativa de homicídio é o companheiro de uma vizinha dela, a quem Claudineia tentou impedir que fosse agredida. Após ser atingida com a pedrada na cabeça, ela foi socorrida em estado grave pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Atualmente, a mulher está em um leito de Alta Dependência de Cuidados (ADC). Ela já consegue abrir os olhos, fazer movimentos com as pernas e braços, e a equipe médica realizou a extubação dela. As informações foram confirmadas pelo pai de Claudineia para a reportagem de A Gazeta.  Claudeci mostrou-se aliviado com a evolução da filha, mas disse ainda não saber quando ela terá alta.

A VIOLÊNCIA

O corpo da vítima foi encontrado no chão e Claudineia agonizava no meio da rua após sofrer o ataque. Havia muito sangue e o paralelepípedo utilizada para desferir a pedrada estava ao lado dela. Em estado grave quando foi no meio da rua, ela precisou ser transferida com urgência até o hospital localizado na Serra - ntes ela havia sido levada ao Hospital São Camilo, em Aracruz.

Tudo teria acontecido, segundo o delegado André Jaretta, titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Aracruz, e responsável pelas investigações do caso, após o homem ter saído de casa para beber sozinho e chegado de madrugada. A vítima e o suspeito são vizinhos e moram no mesmo terreno.

“As investigações revelaram que ele se deparou com o portão da casa fechado e, possivelmente embriagado, chutou o portão e começou a gritar. Vendo o estado dele agressivo, a vizinha tentou acalmá-lo. Nesse momento, ele ficou ainda mais agressivo e partiu para cima dela com socos, pontapés e a derrubou. Ela ficou indefesa, e o indivíduo passou a golpeá-la na cabeça. A vítima ficou bastante ferida", relatou o delegado.

PRISÃO DO SUSPEITO

O suspeito, identificado como João Vitor Gomes dos Santos, de 20 anos, foi preso em flagrante, nas proximidades do local do crime. Ele foi encaminhado até a delegacia e negou que tenha cometido o crime. No entanto, a própria companheira dele relatou para a polícia que viu ele agredir e tentar matar Claudineia.

Hospital Dr Jayme Santos Neves possui contêineres para atender ao provável aumento da demanda para os casos de Covid-19
Claudineia permanece internada no Hospital Dr Jayme dos Santos Neves, na Serra, mas deixou a UTI. (Luciney Araújo)

"Apesar da própria companheira ter confirmado que o viu agredindo e tentando assassinar a vítima, além de testemunhas presenciais terem o reconhecido, ele falou que a polícia estava passando no local e o prendeu, o que claramente não é verdade”, disse o delegado.

Desde o dia do crime, João Vitor permanece no sistema prisional, no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Aracruz, de acordo com a Secretaria de Estado de Justiça (Sejus).

O suspeito foi autuado em flagrante por tentativa de homicídio qualificada por motivo fútil, cometido contra a mulher por razões da condição de sexo feminino (feminicídio). Segundo a corporação, João Vitor Gomes dos Santos já cumpria pena em regime semiaberto por um homicídio cometido em 2020, em Alagoas. Ele utilizava uma tornozeleira eletrônica.

Errata Atualização
24 de agosto de 2022 às 12:02

O pai de Claudineia informou que ela recebeu alta do hospital no dia 22 de agosto, após ficar internada por cerca de 40 dias. O texto foi atualizado.

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