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Sabor do mamão capixaba conquista paladar e prateleiras dos chilenos

Sabor do mamão capixaba conquista paladar e prateleiras dos chilenos

Autorização para o comércio com o país sul-americano, obtida em março deste ano, abre as portas para a produção do Espírito Santo, maior fornecedor da fruta no Brasil

Publicado em 17 de abril de 2023 às 12:14

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Produção de mamão no Espírito Santo
Produção de mamão no Espírito Santo é um dos potenciais de Linhares e região. (Fábio Vicentini)

A possibilidade de exportar o mamão para o Chile abre novas portas para os produtores do Espírito Santo, maior fornecedor da fruta no Brasil. A expectativa é de que a autorização para o comércio, obtida em março deste ano, possa proporcionar uma expansão na exportação no Estado. Para isso, do campo até a indústria, há um trabalho cuidadoso, dentro dos padrões requisitados pelos mercados estrangeiros.

Representantes chilenos estiveram no Brasil, incluindo o Espírito Santo, para uma visita técnica com o objetivo de verificar o controle de qualidade na produção. Os chilenos exigem fiscalização para garantir que as frutas saudáveis estejam nas gôndolas dos supermercados.

Antes de começar a comercialização com o Chile, ainda é necessário dar mais um passo: o cadastro das empresas brasileiras. O produtor e exportador Rodrigo Martins explica o cenário observado com essa novidade.

“O Chile é um mercado promissor, é um país importante na produção e exportação de frutas na América do Sul. Isso nos respalda, tendo a oportunidade de entrar em um mercado tão competitivo e de grande influência para o mundo e a nossa região”, disse Martins.

Produção de mamão no Espírito Santo, em Sooretama
Sooretama também se destaca na produção do mamão no Norte do Estado. (Roger Botelho)

Segundo dados da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Papaya (Brapex), a produção reduziu de 2021 para 2022: de 527 mil toneladas para 395 mil toneladas. Nesse período, houve também uma diminuição na área utilizada para o cultivo: de 8.040 hectares para 6.030 hectares. Mesmo assim, a fruta foi a sexta mais exportada pelo Brasil no ano passado. O país comercializa a fruta com os Estados Unidos e países da Europa e da América do Sul.

A safra atual foi afetada por conta das fortes chuvas que atingiram as plantações no fim do ano passado e no início de 2023, o que prejudicou o abastecimento até mesmo dentro do país e ocasionou um aumento histórico no preço. Os produtores esperam que o ano que vem seja melhor, diante dos desafios.

“Uma expectativa de produção para o ano que vem é que tenhamos uma fruta de mais qualidade e com mais volume para atender mais mercados. Nem no Brasil conseguimos atender atualmente, porque tivemos um problema pontual no fim do ano passado e no início deste ano com as chuvas. Isso fez com que a nossa produção caísse muito, tanto é que estamos batendo recorde de preço no mercado”, comentou o produtor.

Para o diretor da Brapex, Bruno Pessotti, o mais importante, no momento, é trabalhar pela qualidade do que a quantidade. “O maior desafio que temos hoje é que essa geração nova de produtores tenha consciência de fazer um produto saudável, no padrão de exportação, porque não é o volume que resolve, mas a qualidade para atender as cadeias de mercado do Brasil e as exportações”, falou Pessotti.

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