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Del Valle vai comprar safra de frutas antes de fechar fábrica no ES

Del Valle vai comprar safra de frutas antes de fechar fábrica no ES

Cerca de 500 agricultores capixabas abastecem a unidade com manga, maracujá e goiaba. A fábrica de Linhares será fechada no segundo semestre de 2021, provocando a demissão de 800 profissionais

Publicado em 20 de novembro de 2020 às 05:00

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Produção dos sucos Del Valle pela empresa Leão Alimentos e Bebidas
Produção dos sucos Del Valle pela empresa Leão Alimentos e Bebidas. (Leão Alimentos/Divulgação)

Apesar das operações no Espírito Santo estarem com dias contados, a Del Valle ainda vai comprar a safra de frutas dos produtores capixabas no próximo ano antes do fechamento da fábrica em Linhares. Ao todo, 500 agricultores capixabas abastecem a unidade com frutas, com destaque para manga, maracujá e goiaba.

Depois de 15 anos de atuação no Estado, a Leão Alimentos e Bebidas, anunciou no dia 7 de novembro que vai encerrar as atividades da sua unidade em Linhares. A fábrica, que é responsável pela gestão de toda a linha nacional de sucos e néctares do portfólio da Coca-Cola no Brasil, vai desmobilizar suas operações no segundo semestre de 2021, demitindo 800 profissionais.

Por nota, a empresa disse que a linha de sucos e néctares continuará sendo produzida após a transição das operações para outras unidades em diferentes regiões do país. A partir da mudança, a empresa vai avaliar a melhor forma no fornecimento de matéria-prima, conforme a região.

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As nossas unidades em Linhares serão desmobilizadas apenas no segundo semestre de 2021 e, neste sentido, estamos garantindo a compra das próximas safras na região para 2021

Del Valle
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A Del Valle explicou que investiu na profissionalização dos produtores do Norte do Estado que fornecem frutas à unidade. Dessa forma, eles foram capacitados não apenas para atender às demandas da fábrica, mas também ampliar seu alcance e ter uma relação de independência.

"Outro ponto importante a ser considerado é que mesmo diante deste novo modelo produtivo, seguiremos premissas contratuais de qualidade, eficiência, adequação tecnológica e rede de fornecedores de matérias-primas para preservação das características próprias de seus produtos", destacou.

A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Linhares para comentar sobre a perda da indústria, mas a administração afirmou que só irá se manifestar quando for oficialmente comunicada pela empresa.

FIM DAS OPERAÇÕES

Conforme publicado com exclusividade pela colunista de Economia de A Gazeta, Beatriz Seixas, a decisão de fechar as portas está ligada, segundo a empresa, a avaliações de mercado. “Redução, ampliação ou qualquer decisão em torno de uma operação fabril implicam numa série de estudos e possibilidades que são realizadas previamente e levam em consideração diversas variáveis econômicas, sociais e ambientais, visando a melhor viabilidade estratégica e sustentação das operações”, justificou a Leão.

Com o fim da produção em Linhares, a empresa vai distribuir a fabricação em outras plantas pelo Brasil. A colunista apurou que serão feitas parcerias com outras indústrias para a produção. Apesar de não citar números, a Leão confirma a estratégia de reformulação do modelo para trazer mais eficiência para o negócio.

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