Publicado em 28 de junho de 2021 às 17:31
Marmitas naturais, dicas culinárias nas redes sociais e até churrasco para príncipe norueguês. A vida dos campeões da versão amadores do MasterChef Brasil (Band) evoluiu muito após o título do reality. E mais alguém passará por essa reviravolta, já que a oitava temporada estreia na próxima terça-feira (6). >
Primeira campeã do programa, em 2014, Elisa Fernandes, 31, de Ribeirão Preto (interior de SP), profissionalizouse e hoje trabalha com o que mais ama. Abriu em agosto de 2020 seu bistrô de alta gastronomia no bairro paulistano da Vila Madalena e colhe os frutos de tudo o que aprendeu. >
Adepta da alimentação natural e moderna, Fernandes trabalhou com chefs renomados, como o francês Alain Ducasse, e se diz realizada. "A importância de vencer o MasterChef foram as portas que se abriram. Com certeza, teria sido muito mais difícil sozinha", afirma. >
A cozinheira também aproveitou a explosão de popularidade para fazer parcerias no Instagram e com o YouTube. "Não tinha a noção de que o MasterChef mudaria minha vida tão profundamente. O reality me fez conectar com meu lado pessoal. Hoje, minha vida tem muito mais sentido." >
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No ano seguinte foi a vez da carioca Izabel Alvares, 37, levantar o troféu do reality comandado até o final do ano passado pelos jurados Henrique Fogaça, Erick Jacquin e Paola Carosella. A nova temporada terá a chegada de Helena Rizzo no lugar de Carosella. >
As conquistas de Izabel também foram grandiosas. Além da possibilidade de estudar gastronomia na escola francesa Le Cordon Bleu, trabalhou em restaurante estrelado e foi contratada pelo Le Pré Catelan, localizado no Hotel Sofitel, em Copacabana, no Rio. Ela diz que teve a ajuda de Jacquin para isso. >
Aos poucos, foi conquistando um caminho dentro da cozinha mais voltado para a gastronomia natural e saudável. Foi então que abriu sua própria empresa, chamada Magrela Shop, com produtos low carb que já conta com 30 pontos de venda entre Rio de Janeiro e São Paulo. >
"Na época do título [2015], eu nunca tinha tido experiência profissional e ver que a Paola, o Fogaça e o Jacquin sabiam meu nome e tinham uma visão relativa do que era a minha cozinha me ajudou muito", comenta ela, que ainda resolveu reeducar a própria alimentação e perdeu 40 quilos. >
Mas as experiências não pararam aí. Além de ter vencido o programa, viajado e feito eventos no México, Izabel cozinhou para o príncipe da Noruega Haakon Magno. "Fiz um churrasco de bacalhau para ele. São coisas inacreditáveis, que nunca imaginei. Tomei a decisão de ser chef de cozinha aos 32 anos. Sem o MasterChef, demoraria talvez 20 anos para chegar ao patamar que eu cheguei." >
O paulista Léo Young, 35, foi o campeão em 2016 e também enumera conquistas desde então. Ele virou chef-executivo e sócio do badalado restaurante japonês Tatá Sushi, e atualmente usa as redes sociais para ensinar receitas. "Me sinto em plena evolução e crescimento", afirma ele. >
"Nos tornamos ainda mais fortes na pandemia e crescemos. O delivery está voando e já penso em expandir para outras capitais", diz o chef, que também tem um livro publicado. >
Fã de carteirinha do MasterChef desde 2014, a catarinense de Florianópolis Michele Crispim, 32, levou o troféu em 2017. "Consegui enxergar meu potencial e o quanto que vale a pena não desistir. Minha história me trouxe muita felicidade e até hoje recebo relatos de quem se inspira na minha trajetória", diz. >
Crispim afirma que o título abriu muitas portas. Preparou jantares, deu aulas ou ministrou palestras por todas as regiões do país. Hoje, ela também usa as redes sociais para criar conteúdo de receitas e tem planos de abrir seu primeiro restaurante de comida saudável em Florianópolis em agosto. >
Planos também não faltam para a gaúcha Maria Antonia Russi, 40, vencedora do reality em 2018. Após o programa, ela foi estudar em Paris e virou influenciadora digital, e planeja agora abrir uma linha de molhos de tomate e de sorvete. >
Com o MasterChef ela afirma que aprendeu a não desistir dos seus sonhos e projetos. "O começo não é fácil, é complicado, mas é muito prazeroso quando a gente olha para trás e vê que as noites em claro e os dias longe da família valeram a pena. Hoje sou uma profissional muito mais completa", diz. >
A pandemia da Covid-19 marcou o mundo e também a trajetória de projetos e oportunidades para os vencedores do MasterChef. O paulista Rodrigo Massoni, 35, vencedor da edição de 2019 ainda não conseguiu trabalhar na área, com o surgimento da doença pouco depois de sua vitória. >
"Surfei a onda pós-programa, fiz umas publicidades e ainda as faço. Mas com o fim do mundo da pandemia tudo brecou e o futuro é incerto. Estou esperando o planeta voltar ao normal para ver o que vai acontecer", afirma ele, que também é engenheiro ambiental. "O programa veio em ótima hora, pois já estava mal com essa carreira", revela. >
O mesmo baque tem sofrido a paulista Anna Paula Nico, 50, campeã da temporada de 2020. Arquiteta, ela sonha viver apenas das marmitas bem brasileiras que produz diariamente como parte de seu projeto pessoal Anna Banana. >
No ano passado a pandemia forçou mudanças até mesmo no formato do MasterChef, que passou a eleger um vencedor por programa. Anna foi a campeã quando todos os melhores se juntaram para uma competição final. O formato antigo deve ser retomando neste ano.>
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