Publicado em 27 de outubro de 2020 às 15:04
Cria de Jardim da Penha, bairro boêmio da capital capixaba, Julia Smith declara seu amor por Vitória com a música "Sorte ou Azar", já disponível nas plataformas digitais. Morando em São Paulo há cinco anos para alavancar a carreira, a cantora, em seu novo projeto solo, aposta em uma balada com "aromas tropicais", cheio de swing romântico e que conta com um clipe paradisíaco gravado em um veleiro na baía de Vitória. >
Nas imagens, podem ser vistas tomadas próximas ao Iate Clube, na Praça dos Namorados, e cenas captadas à beira da Ponte da Passagem, que liga a ilha de Vitória ao continente. "É uma faixa romântica, calma, no estilo voz e violão. A beleza da Ilha da Vitória caía muito bem para ela", explica Julia, que, por conta dos cuidados com a Covid-19, gravou vídeo em apenas um dia, com poucas pessoas na equipe. >
"O projeto contou com direção de Fernanda Sabino e gravamos em agosto. Por conta da pandemia, os artistas estão apostando em vídeos caseiros, sem muita produção, o que é uma vantagem para os independentes, que não tem tanta estrutura", explica. >
"É uma musica com uma uma vibe mais praiana. O veleiro deu uma certa liberdade, com a chance de explorar a natureza, o mar. É até uma forma de 'aliviar' as pessoas isoladas em casa." >
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"Sorte ou Azar" - que conta com parceria do grupo Mar Aberto na composição - chega como o segundo projeto de Julia Smith no biênio 2019/2020. Anteriormente, lançou o EP Vai Lembrar de Mim, que contava com cinco faixas, com boa recepção nas plataformas digitais. >
Essa consistência é importante. As pessoas estão mais em casa, consumindo mais streaming. Com a impossibilidade de fazer shows, acaba sendo a única alternativa de manter contato com a música e com o público, avalia, não escondendo a felicidade de ter ouvido uma de suas músicas, Assunto Particular, sendo tocada em uma rádio de grande audiência em São Paulo. >
Foi na semana passada. Fico feliz por ser uma mídia espontânea. Isso quer dizer que o nosso trabalho está chegando até as pessoas", afirmou a capixaba, que tem em seu currículo a abertura de shows para artistas renomados, como a banda Titãs.>
Julia, que teve uma de suas músicas, "Tão Bem", com mais de 200 mil acessos no Spotify, começou nas artes aos quatro anos, aprendendo a tocar violino. Na adolescência, participou de um intercâmbio na Alemanha, onde conheceu o "amor" pela guitarra. >
"Participei de um concurso norte-americano, o 'Queen of Strings', que visava destacar mulheres guitarristas. Fiquei entre as 15 finalistas. A edição contava com artistas de talento, como Orianthi e Jennifer Batten, conhecidas por tocarem com Michael Jackson", relata, dizendo que nomes como o de Bibi McGill, que trabalha com Beyoncé, e Melanie Faye ajudaram a quebrar o estereótipo de que a guitarra seja um instrumento essencialmente masculino.>
Smith faz questão de destacar o bom momento por que passa a música capixaba, tendo como destaques nomes como Silva e Budah, que ganharam o mercado fonográfico do país. >
Acho importante que as pessoas comecem a valorizar o que é da terra. Conheço gente talentosa do Estado que não ganhou o reconhecimento merecido. É preciso criar um mercado forte. Para isso, tem que ter investimento em cultura, seja por parte do governo e da iniciativa privada. Lembro do sucesso do Manimal e do Casaca, no início dos anos 2000. Era um movimento de raiz muito forte. Essa fase se perdeu. Ainda fico tentando entender os motivos da perda dessa força", questiona. >
Projetos? São vários. "Estou trabalhando em 'Se Você', uma regravação de uma música autoral. Estou dando uma roupagem mais instrumental. Ela foi lançada em 2017 e teve mais de 100 mil visualizações no Spotify. Também estou com mais uma faixa gravada em parceria com o Mar Aberto. Além disso, tem a expectativa da volta dos shows. Tinha uma apresentação agendada para agosto no Espírito Santo. Foi adiada por conta da Covid-19. Não vejo a hora de sentir o calor do público novamente", conclui. >
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