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Rapper do ES, PTK capricha em produções e bomba em plays na web

Rapper do ES, PTK capricha em produções e bomba em plays na web

Morador de Vila Velha, jovem faz sucesso com suas rimas e soma milhões de plays no streaming e visualizações no YouTube. "Sucesso me inspira", diz o rapper

Publicado em 9 de outubro de 2020 às 13:00

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O artista PTK MC, nome artístico de Patryck Mateus Alves
O artista PTK MC, nome artístico de Patryck Mateus Alves. (Reprodução/Instagram @ptkmc)

Patryck Mateus Alves, de 22 anos, é o mais novo nome em ascensão no mercado fonográfico. Mais conhecido como PTK MC, o jovem morador de Itapoã, em Vila Velha, conta com milhões de visualizações em clipes bem produzidos e ouvintes de suas rimas embaladas pela batida do trap/pop nas plataformas digitais. Tudo isso é fruto de um trabalho iniciado em 2019 e que, se continuar neste ritmo, tem tudo para dar o nome e chegar ao mainstream.

Vontade não falta ao rapaz. O capixaba, que nasceu em Cariacica e aos oito anos foi morar em Vila Velha, quer ampliar estes números e transformar essa influência nas redes em sucesso. Inspiração não falta para PTK, que iniciou a carreira em 2017 em batalhas de rap. O jovem diz se espelhar em histórias de amigos e alguns nomes do rap capixaba.

"Músicos de sucesso do Espírito Santo me inspiram. Gente que fez a diferença na cena do rap me inspira", fala, em entrevista ao Divirta-se.

O dono do hit "Manhê", que beira os dois milhões de visualizações só no YouTube, começou a trajetória profissional há cerca de um ano, quando lançou a primeira composição, "PTK Diferenciado", que até a terça (6) tinha quase meio milhão de plays na plataforma de vídeo. "Tudo começou em 2017 quando eu comecei a participar de batalha de rimas. É um movimento forte no Estado e eu estava em busca de visibilidade para empreender na música", lembra.

Mas nem só de rimas o rapaz manja. PTK é assíduo no mundo dos gamers e aproveita a plataforma para expandir os contatos e fazer mais parcerias para suas músicas. Recentemente ele jogou com Projota e outros rappers. "A galera toda se engaja naquela situação, vai atrás das nossas músicas. Semana que vem, acho que ele participa de novo", conta o capixaba, que faz lives com os amigos às quartas-feiras.

A pandemia da Covid-19, que paralisou os investimentos em arte no ES, não foi um inimigo direto de PTK. O jovem aproveitou a oportunidade para investir: "Pensei: por que não fazer e vender máscaras?". Com aproximadamente 450 unidades vendidas por R$ 15 cada, ele montou um home studio e, a partir de agora, quer cantar em casa para continuar seu cronograma de novas músicas para os fãs.

"Por enquanto, 'Gatilho', que lancei há 3 semanas, é o último lançamento previsto. Mas já fiz mais lançamentos nesse esquema de gravar em casa. É muito desafiador você conseguir mobilizar os profissionais em meio à quarentena e essa foi uma solução boa que encontrei. Em breve teremos mais novidades com collabs com artistas famosos da cena nacional", confidencia.

Durante o bate-papo, PTK relembrou o início da carreira, primeiros passos na música e novas ambições que nascem com sua promessa de bombar no gênero em que atua pelo Brasil.

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    Comecei em 2017 em batalha de rimas. A batalha de rima tem uma visibilidade. Tenho amigos meus que ganharam prestígio nacional a partir desses eventos. Em uma oportunidade, no Centro de Vila Velha, uma pessoa filmou a batalha que ganhei. Esse vídeo tem quase 2 milhões de visualizações.

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    Eu já trabalhava com música desde muito cedo, tocava na igreja. Mas música é uma coisa e reconhecimento é outra. Eu comecei nas batalhas por isso. De 2017 para cá, participei de eventos pelo Espírito Santo e Brasil que foram construindo a experiência que eu tenho hoje. Depois, fiz meu primeiro lançamento em 2019: PTK Diferenciado. O clipe foi filmado todo em Vila Velha, até para exaltar a cidade e as nossas belezas. E a música foi um sucesso. Tem mais de meio milhão de visualizações e muito retorno positivo do público. Na sequência, lancei Manhê, que é um recado para a minha mãe, e conta com quase dois milhões de visualizações. Depois disso, já lancei outras duas músicas em 2019 e mais duas neste ano.

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O artista PTK MC, nome artístico de Patryck Mateus Alves
O artista PTK MC, nome artístico de Patryck Mateus Alves. (Reprodução/Instagram @ptkmc)
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    Tem três anos que estou na trajetória, mas na música profissional tem um ano. E acho que o sucesso foi um conjunto de coisas. Os conceitos dos clipes, as músicas... Se você assiste o clipe você vê que é algo diferenciado mesmo. E, graças às batalhas de rima, eu conquistei um público que movimentou o que soma nesses lançamentos.

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    É muito difícil. Em Vitória, o maior desafio é a falta de oportunidade para o pessoal do rap. E as pessoas não têm noção de como essa cena do trap é forte e está ganhando força. O Matuê, um dos maiores artistas do segmento, bateu a Anitta na estreia do Spotify Brasil, para você ter noção do tamanho da cultura do trap. É a cultura emergente do momento. Também há falta de incentivo à cultura do hip hop, rap, trap... Não tem investimento direto e nenhum evento desse gênero. O que ajudaria muito é a inclusão do rap em eventos e rotas culturais.

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    Vai vir uma música ainda com melhores momentos de uma viagem que fiz a São Paulo. Fiz uma síntese do que foi melhor da viagem e gravei um clipe. Fiz algumas imagens minhas me conectando com outros artistas... O que posso falar é que as próximas 'collabs' são com artistas grandes, estabilizados na cena. Tenho me conectado muito com artistas do Rio e de São Paulo para melhorar o meu trabalho

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    O que aconteceu na pandemia foi: o público ficou mais em casa. Senti isso nos números, que aumentaram nesse período. Mas em um determinado ponto, a gente percebeu que houve uma saturação com tantos clipes e tantos lançamentos, a ponto de deixar o público perdido - eu acho (risos). No sentido da produção, tem dificuldade de montar elenco. Não encontramos locação, staff... Tanto que em 'Gatilho' fizemos um web clipe, que foi bastante diferente do que estamos acostumados a fazer, para conseguir fazer esse lançamento.

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    No início da pandemia, eu produzi 'Em Outro Patamar', mas quando no Brasil não se falava nem em máscara. Depois, gravei 'Ouro no Dread' sozinho em estúdio, porque era o conceito mesmo. E aí teve 'Várias Camisas' e 'Gatilho', que foram feitos mesmo nesse período mais crítico. Foi difícil produzir tudo com todo mundo dentro dos protocolos, com segurança sanitária, até financeiramente, porque estávamos parados há um tempo e com renda comprometida.

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    Durante a pandemia comecei a vender máscaras personalizadas. Eu e minha namorada começamos com isso para montar nosso home studio. Não tinha como ir ao estúdio, então eu tinha que montar essa estrutura em casa. Então não só essas quatro músicas foram lançadas em casa como o dinheiro das máscaras serviu para isso. A venda foi um sucesso, tanto que deu para montar. Deu para comprar tudo com as máscaras. A gente vendeu cerca de 450 máscaras por R$ 15 cada.

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    Com certeza. Se você repara bem o clima de 'Gatilho', que é meio o conceito de término, lembrança, saudade... É o mood da pandemia, que a galera ficou com esses sentimentos. O próprio nome, Gatilho, vem de um movimento da internet de as pessoas ligarem uma imagem a uma situação, por exemplo, que te trazia saudade. Como um gatilho psicológico. As pessoas falam muito: 'Essa imagem é gatilho'. Tipo você estar com fome e ver uma foto de um hambúrguer. É isso. O conceito da música remete a essa situação de lembrar das coisas, de relações... E acho que teve muita influência nesse sentido.

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    Acho que minha inspiração são meus amigos. No fim das contas, são eles que me inspiram - não necessariamente na música, mas à força de vontade que eles me promovem. Muitos amigos incentivam muito minha trajetória artística e tudo isso acaba refletindo na minha vontade de fazer as coisas. Tudo que os artistas da cena já passaram também me incentiva, me inspira... Os grupos locais do Estado me inspiram muito para fazer o mesmo.

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    Eu faço trap/pop. Eu faço trap, que vem do hip hop, mas tenho uma pegada muito forte no pop. Volta e meia, você vai ver que eu levo elementos muito fortes de outros gêneros para as músicas.

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    Foi por meio dos games que eu me conectei com os artistas de São Paulo. Jogo desde pequeno, então sou muito bom. O pessoal de fora começou a me chamar para partidas de League of Legendes (Lol) e, em pouco tempo, fomos fazendo novas conexões, lives, as transmissões estavam dando 10, 15 mil pessoas.. E agora jogamos toda quarta-feira. Na quarta passada, jogamos com Projota. Ele jogou com a gente (risos). Jogamos 'Among Us', que está mais famoso no momento. A galera toda se engaja naquela situação, vai atrás das nossas músicas. Semana que vem, acho que ele participa de novo. Está uma febre e traz muito fruto.

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