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Cheio de groove, Rosa Chá aposta em ritmo dançante em seu primeiro EP

Cheio de groove, Rosa Chá aposta em ritmo dançante em seu primeiro EP

Formada há um ano, em meio à pandemia da Covid-19, a banda capixaba conta com duas faixas na tradicional playlist “Indie Brasil”, do Spotify, responsável por revelar talentos da música independente brasileira

Publicado em 23 de agosto de 2021 às 11:35

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A banda capixaba Rosa Chá está lançando seu primeiro EP com apenas um ano de estrada
A banda capixaba Rosa Chá está lançando seu primeiro EP com apenas um ano de estrada. (Melina Furlan)
Gustavo Cheluje
Repórter do Divirta-se / [email protected]

Com apenas um ano de estrada, a banda capixaba Rosa Chá está construindo uma identidade musical marcada por ritmos dançantes, com flertes no pop-rock e em sonoridades experimentais.  

Foi assim com "O Que Ficou Pra Trás", single lançado há um mês, e segue com "Doce Amor", um dos destaques do primeiro EP, que leva o nome dos artistas. O trabalho, disponível nas plataformas digitais, ainda conta com mais duas faixas, "Baby Sente O Groove" e "Mais uma Vez".

"Doce Amor", com batidas eletrônicas e ritmo tranquilo, dá sabor a uma paixão que nasce da relação entre um sugar daddy (homem mais velho e bem-sucedido) e uma sugar baby (moça mais jovem), termos populares na web para definir vivências que misturam envolvimento pessoal e financeiro. 

"A ideia de fazer uma música sobre esse tipo de relacionamento veio junto com o refrão. Depois de criá-lo, achamos que tinha tudo a ver e pensamos em uma faixa inteira relacionada a esse tema. É um assunto que aborda uma relação cada dia mais comum", acredita o vocalista Guilherme Sadala, em bate-papo com o "Divirta-se".  "Mas esse assunto é tratado de forma muito sutil, minimalista. Ficou um resultado muito suave", embala. 

"Rosa Chá", o EP, conta com elementos da cultura pop, especialmente a disco music, o que, de acordo com Sadala, casa perfeitamente com as referências musicais da banda. 

"O disco flerta com as nossas referências, que vão de The Weeknd a Michael Jackson, passando por Prince, Madonna e Dua Lipa. Tem muito do eletrônico dos anos 1980 também, mas colocamos o nosso jeito, um toque bem minimalista", explica. 

SUPERAÇÃO

A criação da Rosa Chá se deu em 2020, um ano marcado pelo avanço da pandemia da Covid-19, em que o mercado fonográfico enfrentou uma forte recessão, especialmente pela impossibilidade de apresentações presenciais. Coragem, desde o início, deu o tom do projeto. 

"A pandemia foi uma grande dificuldade, sem dúvidas. Nosso primeiro show, por exemplo, aconteceu para um grupo restrito, há apenas algumas semanas. Faltou dinheiro para divulgar melhor o nosso trabalho, mas tivemos o apoio do Estudio Bravo (que também atua na produção do EP) e da gravadora Casulo, o que foi muito importante para esse início", apontou Guilherme, dizendo que a entrada recente do baterista Roberto “Bob” Hoffmann - que se juntou a Gabriel “Pit” Raymundo (contrabaixo) e Vitor Rocha (guitarra) - deu um gás aos planos para o futuro.

A banda capixaba Rosa Chá, em seu primeiro EP, aposta em ritmos dançantes, com pitadas de pop-rock
A banda capixaba Rosa Chá, em seu primeiro EP, aposta em ritmos dançantes, com pitadas de pop-rock. (Melina Furlan)

"Bob foi essencial para a nossa ideia de começar a fazer shows. Além disso, apoia nas composições, pois tem uma pegada firme da bateria", elogia.

Duas músicas do EP (“O Que Ficou Pra Trás” e “Baby Sente o Groove”) estão na playlist “Indie Brasil”, do Spotify, seleção seguida por mais de 380 mil pessoas e capaz de influenciar o que os jovens estão ouvindo. A lista, claro, é vista com bons olhos por Sadala, especialmente sob o viés da projeção nacional.

"As playlists são um pilar importante para que mais pessoas possam conhecer o nosso som. É massa ter esse reconhecimento. As duas faixas estão sempre no início da lista, isso significa que as pessoas estão gostando do nosso trabalho". 

É impossível conversar com (mais) uma revelação da música do ES sem falar da cena local, que, recentemente, revelou nomes como César MC, Budah e Alinne Garruth, só para citar alguns. Mas, afinal, o que falta para realmente termos uma cena mais robusta, em que mais nomes possam despontar para o país?

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"Para que a cena fique mais forte, os artistas capixabas precisam se unir mais. É importante divulgar o trabalho de outros profissionais e falar o quanto a música dos capixabas é de qualidade. É importante chegar a um denominador comum, vender e produzir mais shows", complementa Salata.  

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