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Advogado suspeito de ter atuado em rede de ataques com memes ganha cargo na Cultura

Advogado suspeito de ter atuado em rede de ataques com memes ganha cargo na Cultura

Felipe Carmona Cantera é assessor especial do deputado estadual Gil Diniz, o Carteiro Reaça, recém-expulso do PSL

Publicado em 17 de agosto de 2020 às 15:38

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Felipe Carmona Cantera entre o deputado estadual Gil Diniz e Eduardo Bolsonaro
Felipe Carmona Cantera entre o deputado estadual Gil Diniz e Eduardo Bolsonaro. (Reprodução)

Apontado em 2019 como envolvido em central de fabricação e distribuição de dossiês e memes apócrifos para atacar adversários, o advogado Felipe Carmona Cantera ganhou um cargo na Secretaria Especial da Cultura.

Cantera atualmente é assistente especial do deputado estadual Gil Diniz, recém expulso do PSL, conhecido como Carteiro Reaça, considerado o braço direito da família Bolsonaro em São Paulo.

O advogado foi nomeado para o cargo de diretor do Departamento de Política Regulatória, da Secretaria Nacional de Direitos Autorais e Propriedade Intelectual, da Secretaria Especial da Cultura.

O jornal Folha de S.Paulo teve acesso a conversas de um grupo de WhatsApp, chamado de "Gabinete Gil Diniz", em que Diniz orienta e discute com auxiliares a confecção das peças. As mensagens foram trocadas no período em que antecedeu a eleição para a Mesa Diretora da Assembleia, em 15 de março de 2019.

Numa das montagens, aparece Cauê Macris (PSDB) discursando com bandeiras do PT ao fundo e o slogan #MacrisNão. Em outra, o tucano foi amarrado por Fred Jones, personagem fictício do desenho animado Scooby-Doo. Com cara de reprovação, Fred segura a prova do "crime": uma bandeira do PT.

Felipe Carmona Cantera participou ativamente das conversas. Em uma mensagem, sugere que Diniz, "por conta do tempo", faça duas versões de "você conhece Cauê Macris?", montagem que foi distribuída nas redes sociais.

Todas as pessoas que participaram destas conversas acabaram, após essa data, nomeadas para trabalhar no gabinete de Gil Diniz na Assembleia.

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Segundo o deputado federal Junior Bozzella, presidente do diretório estadual do PSL, Gil Diniz foi expulso do partido após deliberação da Comissão de Ética, por participarem de atos contrários à democracia e a instituições como o STF (Supremo Tribunal Federal).

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