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Maurício Manfrini diz que filme de Paulinho Gogó quase foi 'por água abaixo'

Maurício Manfrini diz que filme de Paulinho Gogó quase foi 'por água abaixo'

Com Cacau Protásio, 'No Gogó do Paulinho' estreia na Amazon Prime Video

Publicado em 19 de novembro de 2020 às 15:44

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Os atores Cacau Protásio e Maurício Manfrini em cena de
Os atores Cacau Protásio e Maurício Manfrini em cena de "No Gogó do Paulinho". (Desire do Valle/Divulgação)

O humorista Maurício Manfrini, 50, afirma que foi surpreendido, como muitas pessoas pelo mundo, com a explosão de casos do novo coronavírus, no início do ano, que forçou a adoção de medidas restritivas, como o isolamento social e a imposição do "lockdown". Dirigido por Roberto Santucci, "No Gogó do Paulinho" seria lançado em 9 de março no circuito brasileiro, mas foi adiado em duas ocasiões.

Essa seria a segunda experiência de Manfrini nos cinemas -a primeira foi com "Os Farofeiros" (2018). Mais de oito meses depois, o ator terá uma nova oportunidade para mostrar Paulinho Gogó, o típico malandro carioca criado há 25 anos e que fez sucesso no programa A Praça É Nossa (SBT) com o bordão "Quem não tem dinheiro conta história!".

"As coisas acontecem e procuro sempre me apegar em algo positivo para não ficar tão chateado", afirma Manfrini em entrevista coletiva via Zoom. "Se tivesse sido lançado no dia 9 [de março] estava tudo perdido. Teria ido por água abaixo, o filme foi salvo", completa.

O humorista carioca diz ter ficado chateado de não exibir o filme no cinema, embora diga que se o longa tivesse sido lançado no momento da pandemia haveria um prejuízo maior. O contratempo proporcionou agora a disponibilização de "No Gogó do Paulinho" na plataforma Amazon Prime Video, nesta quinta (19).

"Foi a decisão mais inteligente", diz o ator sobre lançar o longa na plataforma de streaming. "Amenizou aquela frustração que teve logo de início. Estou curtindo, e sem contar com a possibilidade de novos projetos. Isso é bem legal."

Com o roteiro de Paulo Cursino, que também é autor de "Os Farofeiros", "No Gogó do Paulinho" mostra novas facetas do personagem popularmente conhecido por ser o típico falastrão contador de históricas. No filme, Paulinho Gogó (Maurício Manfrini) narra suas histórias em um banco de praça enquanto aguarda a chegada de Nega Juju (Cacau Protásio), seu eterno caso de amor.

Trata-se de homenagem do ator ao programa do SBT -o filme terá participação especial de Carlos Alberto de Nóbrega, 84. No banco da praça, Paulinho vai relembrar a infância pobre, os bicos que fez na vida, inclusive no jogo do bicho, o tempo no Exército e as confusões em que conheceu seus amigos Chico Virilha, Biricotico, Helinho Gastrite e Celso Bigorna, e, claro, as idas e vindas no relacionamento com Juju.

"Foi um monte de descoberta. Fizemos uma brincadeira com A Praça Nossa e ficou uma homenagem para todos. Carlos no meu banco foi mágico e o filme é bem dinâmico, romântico, divertido e poético. Ficou do jeito que queríamos que ficasse", afirma Maurício Manfrini, que faz sucesso no Multishow com o seriado "O Dono do Lar".

O ator também afirma que não teve dificuldade em adaptar o personagem para a linguagem do cinema. "A diferença é que é tudo cortadinho, montado. Graças a Deus só tive que me adequar a essa nova linguagem. Não foi muito difícil, mas foi trabalhoso e cansativo."

Após passar pela rádio, televisão e palcos de teatro, Manfrini conta que Paulinho do Gogó pode e deve explorar novas áreas. Segundo ele, "ainda falta muita coisa para fazer". "Quem sabe um seriado ou um programa? Essas coisas ficam passando pela minha cabeça."

Sobre a parceira com Cacau Protásio, que se repete após o sucesso de "Os Farofeiros", no qual os dois também interpretaram um casal, o comediante revela uma curiosidade: a decisão de trazer a atriz para o filme de Paulinho Gogó aconteceu bem antes de o primeiro longa ser lançado.

"Quando tivemos a ideia de fazer o filme ['No Gogó do Paulinho'], eu não conhecia Cacau Protásio, mas a única pessoa que eu pensava que seria a cara da personagem [Juju] era ela. E antes disso, chamaram para fazer 'Os Farofeiros'. As coisas foram se encaixando naturalmente. Teve uma química muito grande e foi do mesmo jeito neste filme. A gente se divertiu muito e viramos amigos próximos."

Para Manfrini, a adesão do público ao personagem é uma resposta clara de identificação. "É muito difícil criar um personagem e fazer com que ele exista a vida inteira. As pessoas reconhecem o personagem em vários familiares e amigos. E eu fui ouvindo as pessoas na rua (...) Minha construção do personagem foi dia após dia, ouvindo as pessoas conversando comigo", afirma o humorista.

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Em abril desde ano, Maurício Manfrini deixou o humorístico A Praça É Nossa após 16 anos -a decisão de deixar a atração do SBT foi sua. Ele afirma que não se incomoda de ser parado na rua pelas pessoas e ser questionado onde estaria Paulinho Gogó. Para o humorista, isso é um sinal positivo de reconhecimento. "Quando eu comecei a trabalhar em rádio achava que todo o humorista precisava ter vários personagens. Quando descobri que não, tirei um peso muito grande das costas. Eu o fortaleci e ficou verdadeiro."

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