Fake news também são desafio após 1° caso de coronavírus no ES

Diante de um problema tão desafiador, cabe a cada um exercer a própria responsabilidade de se proteger e, no caso dos boatos, de não piorar ainda mais uma situação que por si só já é crítica

Publicado em 06/03/2020 às 06h00
Atualizado em 06/03/2020 às 06h01
Lavar bem as mãos é umas das principais medidas para evitar o coronavírus. Crédito: Pixabay
Lavar bem as mãos é umas das principais medidas para evitar o coronavírus. Crédito: Pixabay

Com a confirmação do primeiro caso de coronavírus no Espírito Santo, a prevenção e a informação são, neste momento, o único antídoto para evitar a disseminação de um surto também danoso para a vida em sociedade: o do pânico.

Como tem sido amplamente divulgado, as medidas para se evitar o contágio são simples, basicamente a higienização rigorosa e adequada das mãos e adoção de posturas como a etiqueta da tosse, para evitar a proliferação do vírus e a própria contaminação. O caso da menina de 13 anos diagnosticada com a Covid-19 no Brasil sem apresentar sintomas reforça a necessidade de ações preventivas dentro da própria rotina. É uma questão de mudança de comportamento, não de paranoia.

Afinal, quase tão invisíveis quanto o vírus da doença são certos agentes perversos que se aproveitam de momentos de comoção social como o atual para espalhar a desinformação. E quase sempre essas notícias falsas e boatos só se tornam ironicamente virais porque usuários bem-intencionados, acreditando fazerem o bem para o coletivo, compartilham essas informações manipuladas.

O próprio Ministério da Saúde, que até o momento tem tido uma atuação exemplar no controle da crise, criou um número de WhatsApp, (61) 99289-4640, para tirar dúvidas sobre as informações que chegam até os usuários. Para isso, técnicos da pasta são acionados. Até o dia 1º deste mês, 85% das informações relacionadas à nova doença foram avaliadas como falsas nessa plataforma.

Na semana passada, o ministro Luiz Henrique Mandetta foi enfático: “As fake news, a informação malfeita, a informação precipitada, o caso do ‘eu acho que é, eu ouvi falar, dizer que alguém falou, que isso aconteceu em tal lugar’ hoje é o principal elemento que a gente tem que combater”. E, nesse sentido, o poder público precisa estar em perfeita sintonia com a imprensa para que cumpram juntos o papel de fornecer a informação precisa à sociedade.

Há muitas dúvidas sobre a doença e sobre quais são as melhores estratégias para combatê-la. A crise é internacional, monitorada pela Organização Mundial de Saúde, mas ninguém ainda tem todas as respostas. Diante de um problema tão desafiador, cabe a cada um exercer a própria responsabilidade de se proteger e, no caso dos boatos, de não piorar ainda mais uma situação que por si só já é crítica.

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