Publicado em 15 de abril de 2021 às 14:59
- Atualizado há 5 anos
A revitalização de campos maduros no Brasil pode atrair investimentos de até US$ 15 bilhões de dólares nos próximos cinco anos e arrecadar cerca de US$ 2,5 bilhões para o governo no período. Para isso, o governo tem que dar condições regulatórias e tributárias para atrair investimentos, avaliaram participantes da abertura do 1º Workshop do Programa de Revitalização e Incentivo à Produção de Campos Maduros (Promar). >
O Promar está em consulta pública e tem por objetivo aumentar a produção em campos no pós-sal, principalmente na bacia de Campos, que nos últimos seis anos teve uma queda de 55% na produção. No fim do workshop, que termina na sexta (16), será produzido um relatório e entregue ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) com sugestões para o novo marco regulatório. >
"Se não se fizer nada, essa situação continuará declinante, e isso afeta determinadas bacias, em especial bacia de Campos, o que afeta também Estados e municípios, e por isso a necessidade de incentivar investimentos nos campos maduros do pós-sal", afirmou na abertura do evento o secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, José Mauro Coelho, ressaltando que as medidas são urgentes.>
O workshop traz discussão de temas como cessão de direitos e transição de operação, escoamento e comercialização dos campos maduros, para criar um marco regulatório a exemplo do que foi feito no Reate, programa de revitalização de áreas terrestres lançado em 2019.>
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As projeções sobre investimentos foram apresentadas pelo presidente da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Petróleo (Abespetro), Adyr Tourinho, que ressaltou a importância da participação do governo para atrair investimentos no segmento.>
"É preciso criar um ambiente favorável de negócios no curto e médio prazos, é uma janela de oportunidade que não pode ser perdida", alertou Tourinho.>
Presente no evento, o gerente executivo de Terras e Águas Rasas da Petrobras, Ricardo Pereira, afirmou que a estatal é parte do Promar, e vai investir US$ 13 bilhões nos próximos cinco anos na bacia de Campos.>
"O Promar consegue criar um ambiente para discutir oportunidades nesses campos, é preciso desenvolver um ambiente para buscar maior fator de recuperação", disse durante o evento, destacando que com o programa será possível atrair empresas nacionais e de fora do País.
>A atração de novos agentes é também uma das vantagens do Promar destacadas pelo presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Thiago Barral. >
"Em outros países, essas reservas seriam supervalorizadas, a gente está falando de áreas valiosas para o País, não pode desmobilizar esses projetos. A janela de oportunidades está aí e não podemos esperar a janela fechar, ou será um prejuízo muito grande", disse Barral, informando que o Reate já mostrou resultados positivos, o que pode se repetir no Promar.>
Para a presidente do Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás Natural (IBP), Cristina Pinho, além da competitividade, o vetor do Promar deve ser a sustentabilidade das operações. >
"Precisamos de uma indústria de petróleo competitiva e sustentável. Na nossa visão, queremos colocar a indústria brasileira como líder em sustentabilidade e temos que nos preparar para isso todo ambiente regulatório e tributário", avaliou Pinho.>
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