Publicado em 5 de maio de 2020 às 17:38
Na avaliação do presidente e fundador da XP, Guilherme Benchimol, o Brasil está indo bem no controle do coronavírus e o pico da doença nas classes altas já passou.>
"Acompanhando um pouco os nossos números, eu diria que o Brasil está bem. Nossas curvas não estão tão exponenciais ainda, a gente vem conseguindo achatar. Teremos uma fotografia mais clara nas próximas duas a três semanas. O pico da doença já passou quando a gente analisa a classe média, classe média alta. O desafio é que o Brasil é um país com muita comunidade, muita favela, o que acaba dificultando o processo todo", disse Benchimol em transmissão ao vivo do jornal O Estado de S. Paulo.>
Setenta dias após o primeiro caso confirmado do novo coronavírus, o Brasil soma 107.780 registros da doença e 7.321 mortes, segundo dados do Ministério da Saúde divulgados na segunda (4).>
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O economista mencionou a dificuldade dos trabalhadores informais ficarem em casa, já que muitos não conseguem ter acesso ao auxílio emergencial do governo ou sequer têm conta em banco.>
"É um desafio você pedir que a população inteira fique presa em casa. Um terço da população vive de diária e se não trabalhar hoje não vai comer, no máximo, na semana que vem.">
Ele cita ainda que outra dificuldade do Brasil é a falta de espaço no orçamento para um auxílio mais robusto como nos Estados Unidos, onde serão transferidos US$ 1.200 (R$ 6.684) para cada cidadão que recebe menos de US$ 99 mil por ano, o dobro para casais, mais US$ 500 por criança.>
Benchimol, porém, se diz confiante e elogiou o trabalho de Luiz Henrique Mandetta no comando do Ministério da Saúde e vê o atual ministro Nelson Teich "na direção certa">
"Vamos sair dessa mais rápido do que as pessoas imaginam".>
O presidente da XP também está animado com o futuro da companhia. O plano de contratar 600 profissionais de tecnologia até o final do ano segue de pé. "Vamos continuar crescendo independente do cenário".>
Benchimol não vê grande influência da crise política atual, entre o Executivo e demais Poderes, na economia e acredita que o Congresso deve seguir com as reformas administrativa e tributária.>
"Não me lembro do Brasil viver sem instabilidade política. Se não afetar a economia e reformas continuarem avançando, a crise política não atrapalha, é muito mais um barulho de curto prazo".>
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