Publicado em 26 de julho de 2021 às 14:56
Vinte e duas entidades empresariais assinam um manifesto público contra o projeto de lei 2.337/2021, que trata da reforma do Imposto de Renda, e seu substitutivo. No texto, divulgado nesta segunda-feira (26), associações como a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e Abat (Associação Brasileira de Advocacia Tributária) pedem a rejeição total dos termos propostos. >
Também assinam o documento as Associações Comerciais de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas (ACSP, ACRJ e ACMinas, respectivamente), a Confederação Nacional de Serviços (CNS), o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma) e o Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (Etco),entre outras. >
"A proposta de alteração das regras de tributação do imposto sobre a renda implica aumento da complexidade no sistema tributário brasileiro", diz o texto, que considera o retorno da tributação dos dividendos um retrocesso. "Apelamos aos ilustres Membros do Congresso Nacional que procedam ao arquivamento do projeto", diz o documento. >
O projeto foi apresentado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, no final de junho. O relator do projeto é o deputado federal Celso Sabino (PSDB-BA). >
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Ainda segundo o texto, mudar as regras neste momento "promove abalo à segurança jurídica, tanto para os negócios já instalados no país, quanto para novos investimentos, já tão escassos em decorrência do momento de crise que todos enfrentamos". >
Segundo as entidades, "imperfeições na política tributária adotada, caso existam, devem ser corrigidas, sem comprometer a estrutura da bem-sucedida política adotada". >
Entre as principais críticas ao PL e seu substitutivo, também estão a extinção da escrituração simplificada das empresas no lucro presumido e a eliminação da dedutibilidade dos juros remuneratórios do capital próprio. >
Reportagem do jornal Folha de S.Paulo mostrou que a tributação de dividendos, uma das principais mudanças propostas na reforma, sofre forte resistência de categorias como advogados e médicos. >
De acordo com os cálculos da Receita Federal, a tributação de 20% dos dividendos (somada ao fim da dedutibilidade dos juros sobre capital próprio) é o item que mais gera arrecadação na proposta do governo (mais de R$ 32 bilhões anuais aos cofres públicos a partir de 2023). >
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