Publicado em 13 de novembro de 2020 às 12:19
Relatório global que trata sobre o teletrabalho na pandemia mostra uma contradição. Ao mesmo tempo em que as empresas dizem acreditar que os funcionários precisarão estar no centro do design dos espaços de trabalho do futuro, a maioria delas reconhece que não mudou as políticas para os escritórios de modo a dar maior suporte aos empregados em trabalho remoto. >
O relatório "Local de trabalho inteligente - Moldando experiências de empregados para um mundo transformado", ouviu 1.350 executivos de empresas em 19 países. No Brasil, foram 50 entrevistas.>
Na avaliação da empresa de tecnologia NTT Ltd, responsável pelo levantamento, um dos indicativos de que o apoio a esse novo modelo de atuação está aquém das necessidades é no baixo índice de empresas que mudaram políticas de Tecnologia da Informação (TI).>
No Brasil, 40% das companhias disseram ter feito alterações. A média global ficou em 30,7%.>
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Em muitos casos, empregados colocados em home office devido à pandemia tiveram de usar seus próprios equipamentos, como telefones, celulares e computadores, rede de internet, além de ferramentas e aplicativos de conectividade, para continuar suas rotinas de trabalho.>
Para o vice-presidente sênior da NTT Ltd para América Latina, Jefferson Anselmo, o percentual aponta para um descolamento entre a intenção das companhias em reorganizar seus espaços de trabalho e as ações assumidas por elas até agora.>
Segundo o relatório, 86,6% das empresas dizem acreditar que os funcionários precisarão ser o coração do desenho dos locais de trabalho do futuro. No Brasil, esse percentual está em 92%.>
"Indica que as empresas ainda estão se preparando para as mudanças", diz Anselmo. Na avaliação do executivo, em agosto, quando a pesquisa foi feita, as empresas estavam em um esforço para tornar o trabalho remoto possível. Agora, começam as preocupações em melhorar as condições.>
Uma dessas melhorias estaria no desenvolvimento de novas ferramentas para produtividade e comunicação -caso de 36% das empresas no Brasil e 43,3%, no mundo- e no aumento de recursos de segurança de informação para manter funcionários e organizações seguras, opção adotada por 48% das companhias que atuam no Brasil (a média global é de 46,4%).>
Anselmo diz que o percentual "pode parecer baixo", mas que é necessário ver o número em perspectiva. "Se a gente pensar que a outra metade está se preparando, não é tão surpreendente", afirma.>
"Tornar o trabalho remoto possível era mais importante [nos primeiros meses de pandemia] do que tornar o trabalho seguro. Agora, no momento seguinte, a gente vê uma tendência cada vez maior de as empresas se preocuparem com a segurança desses acessos remotos.">
O relatório da NTT aponta ainda para uma maior flexibilidade do modelo de trabalho, com 84% das companhias brasileiras -acima dos 75% da média global e de 81% no continente americano - concordam que os empregados deverão ter a escolha de trabalhar nos escritórios.>
Os encontros presenciais não serão abolidos, mesmo nos casos em que as ferramentas de conectividade já estejam bem integradas à rotina. E essas, por sua vez, também farão com que o retorno aos escritórios não seja mais como antes.>
Segundo o relatório, 90% das empresas no Brasil consideram encontros presenciais como essenciais para a construção de espírito de equipe.>
No ambiente de trabalho do futuro, os escritórios deverão ficar diferentes ao que conhecemos hoje, uma vez que quase metade das empresas - 42% no Brasil - estão revisando a disposição de seus espaços para novas necessidades.>
Para o vice-presidente sênior da NTT Ltd para América Latina, os dados do relatório apontam para espaços de reuniões menos formais e mais espaços compartilhados pelos escritórios.>
Enquanto o ambiente de trabalho do futuro não chega, os representantes de trabalhadores tentam garantir direitos mínimos para quem está em home office.>
A CLT prevê dois tipos de trabalho fora de empresas. Um refere-se ao trabalho no domicílio, o outro ao teletrabalho -esse último incluído pela reforma trabalhista de 2017- e na avaliação de especialistas, nenhum dos dois protege quem foi transferido para casa devido à pandemia.>
Com isso, as negociações de data-base começam a incluir regras para esse tipo de atividade, uma vez que as empresas começam a estudar a adoção definitiva do modelo, seja ele parcial ou total.>
No início de outubro, a Fequimfar (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas de São Paulo) fechou um aditivo para o acordo da categoria no qual prevê que qualquer responsabilidade pela viabilidade do teletrabalho será do empregador.>
A regra vale para "aquisição, manutenção ou fornecimento dos equipamentos tecnológicos e da infraestrutura necessária e adequada à prestação" do serviço.>
No setor financeiro, os bancários assinaram em setembro um acordo com o Bradesco prevendo o fornecimento de cadeira, notebook ou computador de mesa, teclado e mouse, ou o pagamento de ajuda de custo não remuneratória para a aquisição desses equipamentos.>
1 - Escolha um canto iluminado e arejado>
Os móveis podem ser pequenos, mas têm que respeitar as medidas ergonômicas mínimas: mesa de 70 cm a 75 cm de altura, com profundidade de 45 cm ou mais >
2 - Organize-se para cumprir prazos>
Para manter a disciplina e o ritmo de execução do trabalho, é importante não programar tarefas pessoais no horário de expediente >
3 - Mantenha comunicação clara com chefes e colegas>
Teste os comunicadores e mantenha todos informados quando estiver ausente ou tiver concluído uma tarefa 4 - Evite distrações>
Para manter a produtividade, é importante ter foco. Por isso, faça uma tarefa por vez e evite email e ligações enquanto isso >
5 - Adote hábitos saudáveis>
Evite refeições à mesa e faça pausas programadas no decorrer do dia. Tire o pijama para trabalhar>
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