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20% dos shoppings do país oferecem drive-thru e delivery

20% dos shoppings do país oferecem drive-thru e delivery

No Espírito Santo, shoppings também poderão adotar o drive-thru, de acordo com o governador Renato Casagrande

Publicado em 2 de maio de 2020 às 20:21

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Ao menos 113 shopping centers (o equivalente a 20%) do país já adotaram o drive-thru como alternativa para as vendas. Segundo a Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers), a expectativa é que esse número cresça ainda mais conforme a aproximação do Dia das Mães, em 10 de maio.

Data: 08/01/2010 - ES - Vila Velha - Shopping Vila Velha
No Espírito Santo, shoppings também poderão adotar o drive-thru. (Carlos Alberto Silva)

A medida vem como alternativa para gerar receita durante o isolamento social, que mantém shoppings fechados ou afasta clientes dos que já reabriram. Ainda segundo a associação, a perda de faturamento nos shoppings, desde o início do isolamento em meados de março, chaga a R$ 25 bilhões.

"Os 577 shopping centers do Brasil tiveram que fechar as portas por decretos estaduais e municipais, e alternativas, como o drive-thru, foram essenciais para fazer com que o lojista venda e consiga se manter vivo depois dessa crise", disse o presidente da Abrasce, Glauco Humai.

No Espírito Santo, o governador Renato Casagrande (PSB) anunciou, neste sábado (02), a manutenção do comércio fechado ao menos até o próximo dia 9. Ele disse, no entanto, que o drive-thru em shoppings será autorizado.

Além do drive-thru muitos lojistas adotaram o delivery para seus clientes, tanto por aplicativos de entrega como com pedidos feitos por um número de Whatsapp das companhias.

Os shoppings Cidade São Paulo e Iguatemi, em São Paulo, Barra Shopping, no Rio de Janeiro e BH Shopping, em Minas Gerais são exemplos de estabelecimentos que já aderiram.

O vice-presidente institucional da Multiplan (empresa que administra shoppings), Vander Giordano, afirma que os clientes têm aderido às novidades. Segundo ele, pedidos online por meio da Delivery Center --plataforma que permite que as lojas atuem como centrais de entrega e-commerce-- subiram 65% na primeira quinzena de abril ante igual período de março.

"Esperamos um aumento na demanda para maio também. Esses modelos foram adotados para minimizar os impactos da quarentena. O setor não vem recebendo apoio econômico suficiente dos governos e temos que ajudar os lojistas nesse momento, mas esse fôlego adicional tem limites", disse Giordano.

Segundo Humai, os novos modelos não conseguem melhorar o Dia das Mães. "As vendas ainda serão muito tímidas perto do volume total e não serão suficientes para compensar as perdas do setor até agora", afirmou.

O movimento tem sido baixo nas dezenas de shoppings que já reabriram. De acordo com o presidente da Abrasce, pelo menos 66 shopping centers, em 41 municípios, estão operando.

A estimativa, segundo o executivo é de que outros 20 abram as portas nos próximos dez dias. "Alguns ainda funcionam apenas parcialmente, mas, na maioria, as únicas coisas fechadas são teatros, cinemas e operações para crianças. As lojas e serviços em si já começam a funcionar normalmente", afirmou Humai.

De acordo com o presidente da Abrasce, critérios de segurança e higienização foram aderidos nesses estabelecimentos, mas o movimento de clientes ainda é muito baixo e deve demorar a retomar.

"Ainda existe um receio muito grande entre os consumidores e estamos acompanhando esse processo. Mas ainda vamos demorar no mínimo três meses para que a população volte à rotina de frequentar o shopping para lazer e diversão", afirmou Humai.

Segundo Giordano, da Multiplan, a reabertura gradual dessas estruturas pode trazer a reavaliação do drive-thru, mas ainda é difícil precisar quando haverá a suspensão desse formato.

"Seguiremos dando suporte aos lojistas e ajudando a reduzir os impactos da quarentena. O comércio varejista está sofrendo duramente", disse.

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