Publicado em 1 de maio de 2020 às 21:08
Depois de beneficiários dormirem nas portas de agências da Caixa, o presidente da instituição, Pedro Guimarães, disse que mudará o calendário da segunda parcela para minimizar as aglomerações, mas que não há como fazer o pagamento do auxílio emergencial sem filas e aglomerações em tempos de pandemia de coronavírus. >
Sabemos que houve aglomeração grande nesta semana. Estamos agindo para resolver. Não há possibilidade de pagar 50 milhões de pessoas em três semanas sem fila, não vou prometer, disse. >
O novo calendário ainda será discutido com o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, e apresentado ao presidente Jair Bolsonaro antes de ser apresentado. A ideia é evitar sobreposição entre o pagamento do Bolsa Família e do auxílio emergencial para reduzir a demanda nas agências. Segundo Guimarães, nesta semana, houve pagamento concomitante do programa e do auxílio emergencial, tanto via contas digitais quanto para saque em espécie. >
"Não há condição de misturar pagamento do Bolsa Família com o das contas digitais. Vamos minimizar filas no segundo pagamento do auxílio emergencial, afirmou. Estamos fazendo o maior pagamento do Brasil e talvez do mundo neste momento. 50 milhões de brasileiros receberam recursos nos últimos 20 dias.>
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Além disso, haverá melhorias no aplicativo do auxílio emergencial e contratação de 3 mil novos vigilantes para organizar as filas. >
Como mostrou matéria do Estadão desta sexta-feira, beneficiários chegaram a dormir na porta de agências da periferia de São Paulo e filas se repetiram por todo o Brasil nos últimos dias. Com o início do pagamento do benefício, as portas das agências da Caixa viraram local de peregrinação de um exército de brasileiros que viu a pouca renda que tinha sumir com a pandemia. >
Ele frisou que o calendário do Bolsa Família não mudará e o benefício continuará sendo pago nos últimos dez dias do mês. O executivo disse que a demanda nas agências tem sido enorme e que a maioria das pessoas vão para a agência pedir informação, e não para sacar o auxílio. O próximo calendário levará em conta tudo o que está acontecendo agora. Entendemos a necessidade e o desespero das pessoas por esses recursos, disse. >
Quase 97 milhões de brasileiros fizeram o cadastro para receber o auxílio emergencial até agora. De acordo com a Caixa, 50,1 milhões foram aprovados e estão recebendo a primeira parcela e 26,1 milhões foram considerados inelegíveis. Outros cadastros estão inconclusivos e devem ser refeitos ou ainda estão sob análise.>
Estamos reenviando respostas para pessoas que tinham que tinham cadastro inconclusivo ou negativo. Peço que chequem os aplicativos. Muitas já receberam e estão indo às agências, afirmou o presidente da Caixa, Pedro Guimarães. De acordo com o presidente, 80% dos beneficiários foram até a agência sacar e apenas 20% fez transferência ou pagamentos digitais.>
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