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Curada da Covid, designer do ES cria ONG que alimenta 150 por dia

Em quarentena no Guarujá, litoral de São Paulo, a capixaba Emar Batalha distribui 150 marmitas e atende cerca de 400 famílias com alimentos e produtos de higiene

Publicado em 19/05/2020 às 11h36
Atualizado em 19/05/2020 às 11h36
A designer capixaba de joias Emar Batalha
A designer capixaba de joias Emar Batalha. Crédito: Reprodução/Instagram @emarbatalha

A designer de joias do ES Emar Batalha sempre quis se dedicar à filantropia. Mas foi em meio a pandemia do coronavírus que a famosa tirou o projeto do papel. Curada da Covid-19, a empresária, que sem esteve envolvida em ações sociais, criou a  ONG “Alimentando o Bem”, projeto que distribui 150 marmitas todos os dias, no Guarujá, litoral sul de São Paulo, onde ela passa a quarentena ao lado da filha Alice e do marido Sérgio Dávila.

"Quando meu marido (o empresário Sérgio Dávila)  ficou internado por causa da Covid-19, eu fiquei nove dias sem poder ter contato físico com ele. Foi então que resolvi redirecionar minha energia e preocupação em um propósito que eu já vinha querendo me dedicar mas não tinha tempo, a filantropia. Sempre estive envolvida com ações sociais, mas na arrecadação de recursos. Nunca havia colocado a mão na massa diretamente", conta Emar.

A ONG já conta com o cadastro de 400 famílias, mas pretende chegar de mil pessoas – todas elas do bairro Perequê, um dos únicos redutos caiçaras da baixada santista e quem recebe são, na maioria, família de pescadores, já que a pesca é a principal atividade local, todas com mínimos recursos e grandes necessidades básicas de alimentação e higiene. Como a maioria está desempregada, o projeto tem dado apoio à comunidade.

Além das 150 marmitas, a ONG faz ainda distribuições de cestas básicas, fraldas e leite. O apoio financeiro vem de amigos e seguidores de Emar no Instagram.

Emar Batalha

Designer de joias e empregada

"Tenho tido muita ajuda, seguidores que eu nem conhecia e de repente viraram pessoas que fazem parte diariamente da minha vida. Encontrei um amor tão grande neste novo desafio que hoje sou a maior beneficiada."

Atualmente, sua cozinheira, de São Paulo, foi morar no Guarujá,  para poder ajudar na produção das marmitas, que são preparadas na própria casa de Emar. E a ONG já tem dois colaboradores contratados, além de voluntários da região. 

Passada a pandemia, a empresária pretende seguir e ampliar o projeto.  "Na verdade o projeto mudou minha vida. Hoje já estou formalizando o Instituto Alimentando o Bem e já com vários projetos de inclusão social".

Além do trabalho à frente da ONG, Emar segue criando joias, sua grande paixão, mas tudo foi dirigido e compartilhado com a ONG "Alimentando o Bem".

Emar Batalha

Designer de joias e empresária

"Estou criando mais na pandemia do que antes. Descobri um novo propósito na minha vida, quero que cada peça seja um adorno de amor, que tenha relevância na vida das pessoa e que ao usá-las elas tenham a certeza que a maior beleza não está no metal, no design ou nas pedras. A beleza estará no valor social atrás daquela joia. Desde o início da quarentena, todas as peças vendidas e criadas tiveram parte do lucro revertido para ONG e assim vou seguir. Esta pandemia irá passar, mas o significado que ela trouxe na minha vida, continuará só florescendo, e prosperando e se possível contagiando várias pessoas."

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