É engenheiro civil, empresário e conselheiro da Ademi-ES. Desenvolvimento urbano, tráfego e mobilidade urbana são os destaques deste espaço. Escreve quinzenalmente, às segundas

2020 leva para a história a triste memória da crise que abalou o mundo

Diante do grave quadro econômico, é de se esperar que o governo federal e o Congresso Nacional tomem consciência da necessidade de colocar o Brasil em primeiro plano

Publicado em 21/12/2020 às 05h00
Esplanada dos Ministérios, com Praça dos Três Poderes ao fundo, em Brasília
Esplanada dos Ministérios, com Praça dos Três Poderes ao fundo, em Brasília. Crédito: Ricardo Penna

O mês de dezembro, como de costume, nos remete a lembranças dos principais fatos que marcaram o ano prestes a terminar. Tanto no plano pessoal como nas recordações dos acontecimentos que, de alguma forma, influíram no nosso dia a dia. É assim que estamos habituados a olhar cada ano que está terminando.

O ano de 2020, no entanto, por ter sido tão diferente, tão perverso, está levando muita gente a pensar um pouco mais. Foi um ano não comparável a nenhum outro que a geração atual possa ter na memória.

Começou com uma epidemia que rapidamente se tornou trágica e atingiu praticamente todo o planeta. Seu impacto e consequências interferiram diretamente na vida de cada pessoa, de cada família e da sociedade.

Foi um ano em que o mundo foi surpreendido por lockdowns, proibições e restrições de liberdades. Vimos, por vários meses, a economia praticamente desativada e/ou funcionando de forma precária. Enfim, 2020 é tema para livro – e muitos já devem estar sendo escritos.

E quanto à crise no nosso país? Infelizmente, o Brasil se complicou. Aqui, as autoridades governamentais não relutaram em colocar seus interesses políticos em primeiro plano. Ao invés da busca de uma união nacional visando ao enfrentamento da pandemia, valeram-se das instituições oficiais e dos respectivos cargos para mostrar poder e independência.

E o que vimos? Justo na hora mais imprópria uma desagregação política generalizada e o mau desempenho do nosso país no enfrentamento do problema. Ou seja, uma desarticulação institucional que só serviu para prejudicar a sociedade. E continua com relação à vacina que está vindo por aí.

Na economia, ainda que o rombo provocado pela Covid- 19 seja gigantesco (cerca de R$ 600 bilhões), e a crise do desemprego tenha se agravado, pelo menos as medidas econômicas emergenciais se mostraram adequadas para evitar um colapso nas atividades econômicas.

Mas nessa conta de perdas econômicas precisa ainda ser computado – também em razão dessa crise na política nacional – o imenso prejuízo decorrente da não realização das reformas administrativa e tributária previstas para 2020, agora mais urgentes.

Diante desse grave quadro econômico, em que o “custo Brasil” (20% do PIB) está dilapidando a capacidade do país de produzir, de competir e gerar empregos, é de se esperar que o governo federal e o Congresso Nacional tomem consciência da necessidade de colocar o Brasil em primeiro plano. E, pelo menos, que entreguem à sociedade essas imprescindíveis reformas. O quanto antes!

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