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No ES, Ciro Gomes pede votos para Casagrande, que apoia Lula

Em 2018, o socialista apoiou o pedetista. Agora, o PSB está na chapa do petista. O governador já declarou voto no ex-presidente

Vitória
Publicado em 03/09/2022 às 12h47
O prefeito da Serra, Sérgio Vidigal, a ex-deputada federal Sueli Vidigal e o candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, na Serra
O prefeito da Serra, Sérgio Vidigal, a ex-deputada federal Sueli Vidigal e o candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, na Serra. Crédito: Letícia Gonçalves

O candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, fez uma breve passagem pelo Espírito Santo na manhã deste sábado (3). Discursou em uma praça da Serra, reduto do prefeito Sérgio Vidigal, o principal nome do partido no estado.

Lá, Ciro pediu votos, criticou o ex-presidente Lula (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL), seus principais concorrentes.

Mas, antes de descer do palanque, fez questão de pedir votos para outra pessoa: o governador Renato Casagrande (PSB), que não estava presente.

"Meu companheiro, amigo de muitos anos e que, só por isso, eu teria muito gosto de apoiar. Mas não é por isso, não. Ele é disparado o melhor governador da história do Espírito Santo. Casagrande, meu irmão, um forte abraço, que Deus te sorria com a tua vitória", afirmou Ciro.

O governador apoia Lula na corrida presidencial. O vice na chapa do petista, Geraldo Alckmin, é do PSB.

O endosso de Casagrande a Lula, a bem da verdade, parece mais protocolar do que efusivo. O socialista declarou voto no ex-presidente e disse que faria campanha para ele quando o PT estava para decidir a retirada do senador Fabiano Contarato da disputa pelo governo do estado.

Depois, o socialista não tocou muito no nome do candidato à Presidência da República. Assim, preserva-se da alta rejeição que o presidente carrega, apesar de este liderar as pesquisas de intenção de voto.

No Espírito Santo, Lula e Bolsonaro estão tecnicamente empatados, com 42% e 39% das intenções de voto, respectivamente, como mostrou o Ipec nesta sexta-feira (3).

Ciro aparece em terceiro, com 4%.

Em 2018, Casagrande apoiou o pedetista. E também foi apoiado por ele.

Enquanto o candidato do PDT discursava na Serra, Casagrande fazia campanha em Viana, neste sábado.

Ciro chegou às 10h da manhã e partiu ao meio-dia. Não houve nenhuma agenda com o socialista.

Vidigal, aliado do governador, minimizou o fato de, agora, o apoio de Ciro a Casagrande não ser recíproco:

"Não é justo você estar num partido e de repente estar apoiando candidatos de outras coligações. O governador está no papel dele, mas tenho convicção que ele tem simpatia, respeito e admiração pela candidatura do Ciro Gomes".

O governador já disse que não participaria de eventos de campanha de outros candidatos que não Lula, mas poderia receber outros presidenciáveis no Palácio Anchieta, por exemplo, formalmente.

Foi isso que fez quando a senadora Simone Tebet, que disputa a Presidência da República pelo MDB, esteve no estado.

Desta vez, não foi possível o encontro, explicou Vidigal. "O Ciro tem que estar no aeroporto ao meio-dia. Mas o governador se colocou à disposição para recebê-lo. O governador não pôde estar aqui presente porque tinha outra agenda e a agenda do Ciro foi muito rápida", afirmou, ao final do evento com o presidenciável do PDT.

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