Jornalista de A Gazeta há 10 anos, está à frente da editoria de Esportes desde 2016. Como colunista, traz os bastidores e as análises dos principais acontecimentos esportivos no Espírito Santo e no Brasil

Vasco ganha novo fôlego e vê emocional do elenco do Botafogo ir para o espaço

Clássico mostrou um Vasco guerreiro e um Botafogo apático, que parece já sentir que o título do Brasileirão pode escorrer entre os dedos

Diego Gosta e Paulo Henrique mostram bem o contraste do clássico entre Vasco e Botafogo
Diego Gosta e Paulo Henrique mostram bem o contraste do clássico entre Vasco e Botafogo. Crédito: Jorge Rodrigues/AGIF

Quando a bola rolou em São Januário para o clássico entre Vasco e Botafogo, válido pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro, na noite desta segunda-feira (6), todos os envolvidos já sabiam que o resultado seria cruel para o lado que perdesse ou no mínimo ruim para os dois em caso de empate. Mas como o Gigante da Colina saiu vencedor pelo placar mínimo, pior para o Glorioso.

O time cruz-maltino ganhou novo fôlego para lutar contra o rebaixamento. São sete pontos conquistados nos últimos nove disputados, e a vitória no clássico resultando em sua saída da zona da degola. O ânimo está renovado para a difícil disputa, que permanece embolada, e que continuará com episódios dramáticos até a última rodada do Brasileirão.

O fator diferencial do Vasco nesse momento é um elenco que tem muita raça, um treinador experiente que está conseguindo retirar o melhor do que tem em mãos, inclusive de jogadores que tinham sido esquecidos em São Januário, e uma torcida apaixonada, que carrega o time no colo se necessário. O Gigante da Colina hoje tem de onde tirar forças e recursos técnicos e de comando para sair do buraco.

A vitória sobre o Botafogo fala muito sobre o momento do Vasco. Durante 30 minutos foi dominado pelo rival, mas se defendeu com tranquilidade e abriu o placar em sua primeira finalização no jogo. O gol veio de onde ninguém esperava: Paulo Henrique, lateral que estava perdido no elenco, mas que ganhou seu espaço, vem mostrando seu valor e decidiu o clássico. É o rosto de um time operário, que se recusa a deixar de lutar.

Líder abalado

Por outro lado, o derrotado Botafogo sente o peso do mau momento. A liderança que já foi de 12 pontos para os rivais desapareceu. O time não só oscila, como se mostra psicologicamente abalado. A derrota em casa para o Palmeiras, da forma que foi, destruiu o emocional dos jogadores. Tanto que diante do Vasco, o Glorioso não conseguiu apresentar um bom futebol.

É lógico que as ausências dos zagueiros Adryelson, Victor Cuesta, e do volante Marlon Freitas fizeram falta. Boa parte do sistema defensivo estava remendado e isso fez diferença na partida. Porém, mesmo com mais posse de bola e dominando as ações em partes do jogo, o time não conseguiu assustar o Vasco. Os meias e atacantes com os semblantes expressando preocupação e falta de direcionamento. Pareciam não saber o que fazer.

A entrevista de Marçal, capitão do time, após o jogo é sintomática. “Não encaramos como uma final”. Ué!? O time é líder do campeonato, ainda tem um jogo a menos, está ameaçado pelos rivais na tabela e luta por um título que não ganha há 28 anos. O que mais precisa para encarar cada jogo como uma decisão? Precisam de mais o que para estarem motivados?

O momento do Botafogo é péssimo, justo quando não poderia ser. E à frente do elenco está o limitadíssimo Lúcio Flávio, que também parece ter sofrido o baque e não sabe como reagir. Ainda dá para ser campeão? Claro que dá! Mas vai ter que se recuperar e tirar forças de algum lugar para não ver uma iminente conquista se perder entre os dedos.

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