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R$ 500 milhões: governo do ES e BNDES vão lançar fundo para energia limpa

O terceiro ciclo de aportes do Fundo Soberano do Estado está sendo estruturado e a ideia é que esteja de pé em dezembro, quando o governador Renato Casagrande irá a Dubai para a COP-28

Publicado em 30/10/2023 às 03h50
Governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, avalia as oportunidades para o Estado, no Pedra Azul Summit
Governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, avalia as oportunidades para o Estado, no Pedra Azul Summit. Crédito: Carlos Alberto Silva

Governo do Espírito Santo e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vão lançar um fundo destinado a financiar projetos para a geração de energia renovável no Estado. Os recursos, serão cerca de R$ 500 milhões, vão irrigar projetos de eólica, solar, biomassa, biometano e hidrogênio. O terceiro ciclo de aportes utilizando recursos do Fundo Soberano do Estado do Espírito Santo está sendo estruturado e a ideia é que esteja de pé em dezembro, quando o governador Renato Casagrande irá a Dubai participar da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-28). O mandatário capixaba, que é presidente do Consórcio Brasil Verde, fez o anúncio da nova linha, que deve ser batizada de Fundo Verde, durante o Pedra Azul Summit, realizado pela Rede Gazeta no final de semana.

A montagem do fundo está a cargo do vice-governador do Estado e secretário de Estado de Desenvolvimento, Ricardo Ferraço. "Estamos utilizando recursos oriundos da produção de petróleo, combustível fóssil, para financiar a geração de energia limpa e renovável. Importante lembrar que o Fundo Soberano é abastecido com parte dos royalties do petróleo pagos ao governo do Estado. Estamos na fase de estudar como será a modelagem, se via um financiamento tradicional ou emitindo debêntures não conversíveis. Também estamos definindo como os projetos serão escolhidos, mas o fato concreto é que o fundo estará montado até dezembro. O governador vai mostrar, lá em Dubai, que os entes subnacionais têm todas as condições de montar projetos de descarbonização, sem a dependência do governo central", assinalou Ferraço.

O Fundo Verde é mais um desdobramento do acordo de cooperação assinado, na semana passada, entre Bandes e BNDES. "Essa parceria, que também visa a estruturação de projetos com a iniciativa privada, vai possibilitar a entrada dos recursos de uma debênture que o BNDES emitiu exclusivamente para projetos de energia limpa. Foram captados cerca de R$ 10 bilhões. Vamos colocar dinheiro do Fundo Soberano e também do BNDES", explicou o vice-governador.

Os dois primeiros ciclos de investimento com recursos do Fundo Soberano, em startups (o primeiro) e em projetos industriais, de saúde e educação (o segundo), tiveram um aporte de R$ 250 milhões. A parceria com o BNDES vai permitir que o Fundo Verde seja turbinado.  

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