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Maratá bate martelo e vai construir fábrica de café em Sooretama

A unidade terá três módulos, o primeiro começa a ser construído ainda no primeiro semestre deste ano. Um investimento total de R$ 180 milhões

Publicado em 18/01/2023 às 17h34
Agronegócio 5.0: Fazenda Três Marias, em Linhares, aposta em tecnologia, como uso de sensores, além de integração floresta, lavoura de café, milho coco, frutas e milho e criação de gado. Negócio é administrado por Leticia Lindenberg
Lavoura de café em Linhares, Norte do Espírito Santo. Crédito: Fernando Madeira

O grupo sergipano Maratá, um dos grandes beneficiadores de café do Brasil, bateu o martelo e vai construir uma fábrica em Sooretama, Norte do Espírito Santo. A unidade terá três módulos, o primeiro começa a ser construído ainda no primeiro semestre deste ano. A inauguração está prevista para o primeiro semestre de 2024. Cada fase corresponderá a um investimento de R$ 60 milhões, ou seja, o projeto todo sairá por R$ 180 milhões. O contrato com o Programa de Incentivo ao Investimento no Estado do Espírito Santo (Invest-ES) já foi estabelecido, a expectativa é de que o sócio e fundador da empresa, José Augusto Vieira, venha ao Estado na primeira semana de fevereiro para o anúncio oficial.

A vinda da Maratá confirma o Espírito Santo como um polo mundial de beneficiamento de café. "Já temos a Realcafé funcionando (em Viana), e em crescimento, desde os anos 70. Mais recentemente tivemos a construção de uma planta da Damare, em Montanha, a inauguração da Cacique, em Linhares, e nos próximos meses começa a operar a Olam, também em Linhares. A chegada da Maratá confirma esse novo momento do Estado, que deixa de ser apenas um produtor para se tranformar em um grande beneficiador de café, estamos agregando valor à nossa produção. Posso adiantar que não vai parar por aqui, já estamos em conversas com outras indústrias de café interessadas em vir para cá", disse o vice-governador do Espírito Santo e secretário de Desenvolvimento, Ricardo Ferraço.

A localização do Espírito Santo, sua plataforma logística (boa parte da produção dessas indústrias é exportada) e os incentivos fiscais são os responsáveis pelos investimentos do setor cafeeiro atraídos nos últimos anos. Outro ponto é a produção capixaba de café - o Espírito Santo produz arábica e é o maior produtor brasileiro de conilon. De acordo com Ferraço, em seu primeiro ano de operação, a Maratá vai comprar R$ 352 milhões de café verde. No segundo ano, serão R$ 704 milhões. Quando a fábrica estiver em plena operação, serão R$ 1,056 bi. "Quase tudo será comprado aqui dentro do Espírito Santo. Estamos agregando valor à produção e incentivando o agricultor, um círculo virtuoso". A previsão é de que a unidade fabrique café solúvel, torrado e moído.

Importante frisar que a chegada da beneficiadora de café da Maratá marca a chegada ao Estado de um dos grandes grupos empresariais do país. Além da indústria de alimentos, a Maratá tem negócios no agro (pecuária e citricultura), descartáveis, embalagens plásticas, construção civil e exportação.  

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