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Grupo Contauto abre distribuidora e faz aposta firme no atacado

Empresa está em profundo processo de transformação desde 2021, quando a Ford deixou de produzir carros no Brasil e a parceria de décadas com a Contauto foi desfeita

Publicado em 14/04/2023 às 03h50

Em meio a um grande processo interno de mudanças, o Grupo Contauto fundou uma nova empresa, a CNTT (Contauto sem as vogais) Distribuidora. O objetivo é atuar exclusivamente no atacado automotivo - empresa para empresa - comercializando peças, lubrificantes e pneus em todo o Estado. Apolo Rizk Filho, que era o responsável pelas concessionárias Ford do grupo antes do rompimento com a montadora norte-americana, há dois anos, está tocando o novo negócio.

No começo de abril, a CNTT fechou uma parceria exclusiva com a italiana Pirelli para a venda de pneus de linha leve (aros 13 a 22). Com estoque inicial de 8 mil pneus, equivalente a R$ 3,5 milhões, a expectativa é comercializar 5 mil por mês. "Após o rompimento com a Ford, iniciamos um profundo processo de mudança dentro da empresa. A abertura da CNTT é a consolidação de um trabalho iniciado lá em 2021. Fizemos um investimento superior a R$ 10 milhões em produtos, sistemas e estrutura de armazenagem. O contrato com a Pirelli é muito importante para nós e estamos negociando com outros parceiros", disse Apolinho.  

Com mais de 50 anos de história, o Grupo Contauto era a grande parceira da Ford no Espírito Santo. Quando, em janeiro de 2021, os norte-americanos anunciaram o encerramento da produção de veículos no Brasil, sem qualquer aviso prévio aos concessionários, os executivos da Contauto passaram a buscar alternativas para o vácuo deixado pela operação da Ford. De lá para cá, foi criada uma revenda multimarcas, um autocenter, o consórcio voltou a operar e, agora, o lançamento da CNTT Distribuidora. Em paralelo, foi ampliado o investimento da Moto Vena (concessionária de motocicletas Honda) e a Contauto, no mercado de caminhões, passou a representar as montadoras chinesas Foton e Keyu.

"Foi um período muito difícil, mas de muito aprendizado. Acho que eu e meu irmão (Gabriel Rizk) conseguimos reposicionar a empresa e achar um ponto de equilíbrio. Estamos focados nos nossos negócios e vamos seguir investindo neles. O próximo passo do atacado será a criação de um e-commerce, já estamos trabalhando nisso". 

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