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Governo do ES coloca PM à disposição para desbloquear ferrovia em Aracruz

O ramal entre João Neiva e Barra do Riacho está fechado por indígenas desde o último final de semana. A Justiça Federal já determinou a liberação, mas trecho segue impedido

Publicado em 24/09/2023 às 16h28
Investimento em pátio do ramal ferroviário que conecta Aracruz à Estrada de Ferro Vitória a Minas
Investimento em pátio do ramal ferroviário que conecta Aracruz à Estrada de Ferro Vitória a Minas. Crédito: VLI/Divulgação

O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, colocou, neste domingo (24), a Polícia Militar à disposição para auxiliar no desbloqueio do ramal Ferrovia Vitória-Minas que vai de João Neiva aos portos de Aracruz, em Barra do Riacho. O trecho está bloqueado, desde o último final de semana, por indígenas. Eles estão insatisfeitos com os rumos da negociação com Vale e BHP sobre a indenização referente ao rompimento da barragem da Samarco, em novembro de 2015. A Justiça Federal já determinou a desobstrução, mas a ordem não foi cumprida.

“Por serem indígenas, quem tem de cumprir a ordem é a Polícia Federal, mas eles precisam de reforço no efetivo, isso deve levar uns vinte dias. Conversei com o governador Casagrande, que chegou de viagem, e ele colocou a Polícia Militar do Espírito Santo à disposição da Justiça para auxiliar a Polícia Federal no trabalho. Temos equipes especializadas nesse tipo de trabalho. O governador conversou com o juiz Gustavo Moulin. Temos uma decisão da Justiça Federal que não está sendo cumprida, isso não é democracia”, assinalou o vice-governador do Estado, Ricardo Ferraço.

“O fechamento deste ramal ferroviário, que é muito importante dentro da estrutura logística do Espírito Santo, está sendo recorrente. Nos últimos doze meses já foram três interrupções por motivos e grupos diferentes, muitas vezes desobedecendo ordens judiciais, isso prejudica demais o Estado, a insegurança é enorme. Estão banalizando, é inaceitável”.

Suzano, Cenibra, ArcelorMittal e LD Celulose são as companhias que mais utilizam o ramal ferroviário operado pela VLI para escoar os seus produtos. São toneladas de celulose, bobinas de aço e madeira que passam diariamente por ali.

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