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Fundador do PicPay sobre inovação no ES: "está dando orgulho de ver"

Diogo Roberte, um dos fundadores da companhia que mudou a forma de fazer pagamentos no Brasil, está focado no seu novo empreendimento, a Capsu, um conceito diferente de moradia

Publicado em 02/10/2023 às 03h52
Diogo Roberte, fundador do PicPay
Diogo Roberte, fundador do PicPay. Crédito: Divulgação/Capsu

Diogo Roberte, um dos fundadores do PicPay, companhia que mudou a forma de fazer pagamentos no Brasil, tem uma relação próxima com o Espírito Santo e acompanha de perto o que acontece por aqui. Ele não é capixaba, nasceu no Pará, mas viveu grande parte dos seus 42 anos por aqui. Hoje, por conta da vida profissional, vive em São Paulo, mas está sempre no Estado, onde moram os seus pais. O empreendedor está fora do PicPay, que hoje pertence à J&F (controladora do Banco Original, JBS, Swift, Seara e outras empresas) desde 2020, e seus olhos estão voltados para seu novo projeto, a Capsu, um novo conceito de moradia.

"É algo completamente diferente do que temos hoje. É uma casa que você encomenda pela internet, no nosso site, e nós entregamos completa, com armários, utensílios e tudo mais, em 90 dias. Ela é toda feita em CLT (madeira laminada cruzada em blocos), que é o concreto do futuro, é carbono negativo, tem um design moderno e é modular, você pode ir fazendo aos poucos. Além disso, vem com sistema pronto para colocar em aplicativos como Airbnb e pode ser transportada de um lugar para o outro. Tem muito conforto e o conceito de ir para o rumo que acreditamos que o mundo irá, da sustentabilidade e do pouco apego aos bens tradicionais", argumentou.

Tendo nascido para os negócios dentro do forte movimento tech dos últimos 15 anos, Roberte tem se surpreendido positivamente com o avanço do ecossistema capixaba de inovação. "Olha, está dando orgulho de ver esse momento aqui do Espírito Santo. É nítido que houve um avanço, sob todos os aspectos, nos últimos anos. O ecossistema ficou mais forte, o Estado está no caminho que dá certo".

O que mais chama a atenção dele é o amadurecimento no geral. "Não tem uma única iniciativa, vejo várias. Observo que o investidor entendeu o modelo do venture capital (investimento logo no começo da empresa, portanto, com mais risco), vejo que os hubs e demais iniciativas do tipo estão ampliando as parcerias inclusive entre si, tem financiamento público feito por meio, por exemplo, do Fundo Soberano do governo (do Estado), a academia mais próxima do setor privado e as empresas investindo forte em inovação. Não vai ser um pulo de hoje para amanhã, é um negócio que exige planejamento e resiliência, mas o rumo está correto".

Roberte destaca o fato de o Espírito Santo ter um histórico de empresas inovadoras. "Veja que o PicPay nasceu aqui, a Wine, a Lume e outras que hoje estão na ponta de seus segmentos no Brasil. Isso é importante demais, inspira e, além disso, os investidores dessas empresas investem em outras startups daqui. Eu mesmo investi, lá atrás, na Zaitt (rede de lojas autônomas vendida para a Sapore, grupo com faturamento de mais de R$ 1 bi) e dela surgiu a Shipp (app de entrega comprado pela Americanas). Isso cria um círculo virtuoso, assim como acontece em mercados amadurecidos de inovação como Estados Unidos, China e Israel".

Para continuar nessa toada, o que fazer? "Primeiro é não retroceder nos avanços que já tivemos, mas é fundamental, olhando para frente, investir em educação. Temos que colocar a garotada, desde cedo, para ter contato e aprender sobre Matemática, Inteligência Artificial e Programação. O futuro está aí".  

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