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Empresa do ES quer fazer fertilizante com alimento vindo do rúmen do boi

A Organobom, que já faz fertilizantes a partir de resíduos orgânicos, está estudando novas possibilidades para ampliar a base de sua matéria-prima

Publicado em 07/09/2022 às 03h59
Usina de compostagem da Organobom, em Cariacica
Usina de compostagem da OrganoBom, em Cariacica. Crédito: Abdo Filho

A OrganoBom, empresa de Cariacica, é especializada na fabricação de fertilizantes, para grandes produtores e amantes da jardinagem, a partir de resíduos orgânicos. As matérias-primas básicas da empresa são, hoje, os galhos e as folhas das podas feitas em Vitória, Serra e Cariacica, e alimentos descartados adequadamente (sem mistura com outros tipos de resíduos).

A separação adequada do lixo é o grande gargalo da empresa. Na linguagem técnica, está sobrando carbono (que vem de capim, galhos, casca de árvore, etc) e faltando nitrogênio (oriundo de borras de café, folhas verdes, restos de comida, etc). Num cenário de falta de matéria-prima, a empresa fabrica, em média, 400 toneladas por mês de fertilizante, sendo que o maquinário instalado tem capacidade para 2 mil toneladas/mês.

Diante disso, novas alternativas de buscar nitrogênio para a compostagem estão sendo buscadas. O teste mais avançado é com o alimento retirado do rúmen, uma das partes do estômago do boi. Os frigoríficos precisam dar destinação ao alimento que está no estômago do animal abatido. A OrganoBom está se propondo a recolher o material e transformar em fertilizante.

“O que antes seria enterrado, pode passar a ser reaproveitado e vendido como algo de bastante valor. O alimento que fica no rúmen do boi é muito rico, são muitas as propriedades. Em breve teremos novidades”, adiantou Evandro Moreira, diretor da Organobom. "Estamos recolhendo o material que vem do Frisa, mas, caso dê certo, como esperamos que dê, vamos precisar de mais matéria-prima".

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