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Jucutuquara empolga torcida com baú e tem susto com carro alegórico

Jucutuquara empolga torcida com baú e tem susto com carro alegórico

Os carnavalescos Vanderson César e Jorge Mayko apostaram no enredo "Griot", exaltando negros e negras do passado e do presente que dedicaram ou ainda dedicam sua vida para contar a história do povo africano

Publicado em 16 de fevereiro de 2020 às 01:02

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Jucutuquara foi a segunda escola a desfilar no Sambão do Povo. (Fernando Madeira)

Com problema no último carro alegórico, que chegou a quebrar e soltar muita fumaça na avenida, a Unidos de Jucutuquara, segunda escola no desfile de sábado, trouxe para o Sambão do Povo costumes e lendas da África.

Os carnavalescos Vanderson César e Jorge Mayko apostaram no enredo "Griot", exaltando negros e negras do passado e do presente que dedicaram ou ainda dedicam sua vida para contar a história do povo africano.

Usando como pano de fundo os sábios africanos antigos, a escola também destacou personalidades mais atuais que colaboram para a preservação da cultura negra. Entre eles, Machado de Assis, Carolina de Jesus (autora que trabalhava como catadora de papel), Cruz e Souza, Conceição Evaristo, Elisa Lucinda, Emicida, Karol Conká e o capixaba Zé Bento.

Jucutuquara teve problema com carro, mas ganhou apoio dos foliões(Fernando Madeira)

Manifestações culturais também foram narradas pelo desfile da Jucutuquara. A comissão de frente, com 15 componentes, levou um baú para a avenida, que se abria para contar histórias. A comissão foi um convite para conhecer a lenda de Anansi, que conta a vida de um herói que conseguiu comprar um baú de histórias em um tempo em que os homens não tinham histórias para contar.

Um outro destaque foi o segundo carro alegórico, que homenageou os sábios da cultura e folclore capixaba, com características que lembram o congo, manifestação folclórica e cultural do Estado que tem raízes africanas. Parte das fantasias desse carro lembraram a devoção aos santos católicos presente nos cortejos de congo.

O terceiro carro alegórico também chamou a atenção dos foliões no Sambão. A alegoria, que era uma das principais apostas dos carnavalescos, representou a favela, como principal palco da produção artística da juventude negra atualmente. O carro veio todo grafitado, mostrando uma vertente da cultura negra atualmente. Nesta alegoria, a escolas homenageou também os MCs.

O quarto e último setor da escola, com sete alas e um carro alegórico, falou sobre os griots que dedicaram a vida a projetar um futuro melhor, com menos preconceito, destacando a vida do líder africano Nelson Mandela.

ATRAVESSOU

A escola teve vários problemas no último carro alegórico, que quebrou, bateu no alambrado e soltou muita fumaça, assustando a arquibancada.

DEU SAMBA

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Destaque para a comissão de frente, que trouxe um baú, que se abria no Sambão. Quando o baú abria, a torcida na arquibancada aplaudia. Os carnavalescos da Jucutuquara também foram criativos no carro alegórico que falou sobre a favela, que veio todo grafitado.

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