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Sites do Ministério da Saúde e Conecte SUS saem do ar após invasão

Sites do Ministério da Saúde e Conecte SUS saem do ar após invasão

Suposto grupo que realizou o ataque solicitou contato para devolução dos dados

Publicado em 10 de dezembro de 2021 às 08:26

Ícone - Tempo de Leitura 3min de leitura
Mensagem de suposto grupo hacker surgiu no site do Ministério da Saúde
Mensagem de suposto grupo hacker surgiu no site do Ministério da Saúde. (Reprodução)

O site do Ministério da Saúde saiu do ar na madrugada desta sexta-feira (10). A principal suspeita é de que ocorreu um ataque hacker. Ao tentar acessar o site, usuários se depararam com um recado dizendo que os dados do sistema haviam sido copiados e excluídos, e estavam sob os domínios do grupo invasor. As informações são da Folha de São Paulo.

A mensagem, presente no site, informa: "nos contate caso queiram o retorno dos dados".

Instantes depois, o recado sumiu, porém, o site seguiu fora do ar. A plataforma Conecte SUS, que oferece o certificado nacional de vacinação, também esteve fora do ar. O Ministério da Saúde não apresentou um parecer sobre a situação.

Pessoas que conseguiram acesso ao aplicativo do Conecte SUS comentaram, através das redes sociais, sobre o sumiço das informações relacionadas à vacinação. Além disso, há relatos sobre a dificuldade para realizar login e utilizar demais funções presentes na plataforma.

O "ransomware", tipo de ataque virtual que supostamente atingiu o site e a plataforma, criptografa os dados e impede que eles sejam acessados. Nesse caso, os criminosos geralmente pedem um resgate para fazer a devolução dos dados.

PRESSÃO CONTRA O GOVERNO

O ataque sofrido ocorre em meio a um período de pressão contra o governo federal pelo controle mais rígido das fronteiras, após o aparecimento da variante Ômicron do coronavírus. O governo Bolsonaro, no entanto, optou para exigir apenas uma quarentena de cinco dias de viajantes não vacinados que entrarem no Brasil. A regra começa a valer a partir desta sábado (11).

Nesta quinta-feira (9), o presidente Jair Bolsonaro (PL) fez críticas à decisão do governador de São PauloJoão Doria (PSDB), por conta do mesmo exigir o passaporte vacinal no estado para viajantes a partir de 15 de dezembro, caso o governo não torne o documento obrigatório.

Após fazer elogios a Assembleia Legislativa de Rondônia, que aprovou projeto proibindo a obrigatoriedade do passaporte, o presidente comentou:

"Outro governador, aqui da região Sudeste, quer fazer o contrário. E ameaça: ‘Ninguém vai entrar no meu estado’. Teu estado, o cacete, porra. E se não tiver vacinado? E nós todos temos que reagir. E reagir como? Protestando contra isso", afirmou durante evento do Dia Internacional contra a Corrupção, no Palácio do Planalto.

INVASÃO À ALERJ

Na quarta-feira (8), manifestantes contrários a exigência de comprovante da vacinação contra a Covid-19 tentaram invadir a Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) e foram impedidos por seguranças do local.

Eles queriam acompanhar a votação do projeto de lei que proíbe no estado o tratamento diferenciado, constrangedor ou discriminatório às pessoas que se recusarem a tomar a vacina contra a Covid.

Apresentado pelos deputados Filipe Soares (Democratas) e Márcio Gualberto (PSL), o projeto recebeu 57 emendas e voltou à tramitação nas comissões internas antes de ser votado em plenário.

ATAQUE HACKER AO SITE DA ANVISA

No mês de setembro, uma página do site da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) foi hackeada. O alvo foi a seção em que consta o formulário de Declaração de Saúde do Viajante.

O incidente ocorreu após decisão da agência de interromper jogo de futebol pelas Eliminatórias da Copa do Mundo no último domingo (5) entre Brasil e Argentina.

O formulário que sofreu o ataque é obrigatório para todos, sejam brasileiros ou não, que pretendem ingressar no país - e foi preenchido com informações falsas por quatro atletas argentinos, que ocultaram em sua passagem pelo Reino Unido nos últimos 14 dias.

Ao acessar a página, aparecia uma bandeira da Argentina com a seguinte frase: "Não ficamos de quarenta (sic) para passear pelos seus servidores. Vamos ser expulsos também?".

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