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'Pressa para a vacina da Covid-19 não se justifica', diz Bolsonaro

'Pressa para a vacina da Covid-19 não se justifica', diz Bolsonaro

"A pandemia realmente está chegando ao fim. Os números têm mostrado isso", reafirmou o presidente Jair Bolsonaro neste sábado (19), apesar de recente alta no número de casos e mortes provocadas pelo vírus no Brasil

Publicado em 19 de dezembro de 2020 às 21:39

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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse neste sábado (19) não ter pressa para comprar vacina contra a Covid-19, apesar de recente alta no número de casos e mortes provocadas pelo vírus.

"A pandemia realmente está chegando ao fim. Os números têm mostrado isso aí. Estamos com uma pequena ascensão agora, o que se chama de pequeno repique; pode acontecer. Mas pressa para a vacina não se justifica porque você mexe com a vida das pessoas", afirmou o presidente em entrevista concedida ao próprio filho, deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).

Bolsonaro assinou na quinta-feira (17) uma MP (Medida Provisória) que destina R$ 20 bilhões para o Ministério da Saúde, recursos que serão utilizados para a compra de vacinas contra a Covid-19.

"Não tenho pressa para gastar esse dinheiro", declarou o presidente na entrevista veiculada neste sábado no canal de YouTube do filho.

Jair Bolsonaro em entrevista ao próprio filho Eduardo Bolsonaro
Jair Bolsonaro em entrevista ao próprio filho Eduardo Bolsonaro. (Reprodução | Youtube)

Os recursos devem ser utilizados para financiar o plano nacional de imunização contra a Covid-19. Segundo o Palácio do Planalto, os R$ 20 bilhões cobrirão as "despesas com a compra das doses de vacina, seringas, agulhas, logística, comunicação e todas as despesas que sejam necessárias para vacinar a população".

Bolsonaro voltou a dizer que a vacinação será voluntária, apesar de o STF (Supremo Tribunal Federal) ter decidido nesta semana que deverá ser obrigatória.

O presidente argumenta que, para uma vacina ser usada no Brasil, precisa passar pelo crivo da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

A Câmara aprovou nesta semana um projeto com regras mais flexíveis para que agência conceda autorização temporária de uso emergencial para importação e distribuição de vacinas contra o coronavírus.

A agência, segundo o projeto, tem que responder ao pedido de uso emergencial do imunizante em até cinco dias. Nesta segunda (14), a Anvisa informou que, assim que receber pedidos de fabricantes, decidirá sobre o caso em um prazo de até dez dias.

Além disso, para acelerar o processo, o texto aprovado pela Câmara permite que o uso emergencial seja chancelado pela agência desde que a vacina já tenha sido aprovada por órgãos de outros países, como FDA (Estados Unidos), EMA (União Europeia), PMDA (Japão), NMPA (China), HC (Canadá), MHRA (Reino Unido).

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