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Políticos cobram elucidação do caso Marielle Franco, aberto em 2018

Políticos cobram elucidação do caso Marielle Franco, aberto em 2018

Publicações nas redes sociais, principalmente de nomes ligados à esquerda como Lula e Ciro, cobram respostas sobre quem teria sido mandante do crime

Publicado em 14 de março de 2022 às 16:20

Cena da série
Cena da série "Marielle – O Documentário", em cartaz no Globoplay Crédito: Globoplay/Divulgação

Políticos se manifestaram nesta segunda-feira (14) por ocasião dos quatro anos do assassinato da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista, Anderson Gomes. Publicações nas redes sociais, principalmente de nomes ligados à esquerda, cobram elucidação sobre quem teria sido mandante do crime - que ainda não foi solucionado.

O provável candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, classificou o homicídio como "brutal e político" e cobrou respostas sobre as investigações.

"São quatro anos do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes. Um crime brutal e político. Ainda não sabemos quem são os mandantes. Seguimos cobrando justiça! As lutas de Marielle não foram em vão."

Lula

Provável candidato do PT à Presidência

O pré-candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) lamentou o assassinato da vereadora e disse que o ocorrido causa vergonha ao país. Ele atribuiu a dificuldade de se chegar ao responsável pela ordem do crime a "forças poderosas", mas não deixou claro a quem se referia em seu texto. 

"Quatro anos atrás, Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes foram brutalmente assassinados. Até hoje, forças poderosas impedem o esclarecimento destes crimes brutais."

Ciro Gomes 

Pré-candidato à Presidência (PDT)

O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), que foi candidato à Presidência da República no ano da morte de Marielle, destacou que, além de vereadora, ela era ativista dos direitos civis. O petista também cobrou esclarecimentos.

"O assassinato de uma vereadora e ativista dos direitos civis, Marielle Franco, teve um mandante. Quatro anos depois, o nome de quem encomendou os disparos contra seu rosto, da forma mais covarde possível, não foi revelado. Os fascistas festejam. Asqueroso."

 Fernando Haddad (PT)

Ex-prefeito de São Paulo e candidato à Presidência pelo PT em 2018

Manuela d'Ávila, vice na chapa de Haddad em 2018, lembrou que, durante a campanha daquele ano, o então candidato a deputado federal Daniel Silveira (à época no PSL) posou para uma foto segurando uma placa quebrada de rua com o nome da vereadora. 

"Sua execução e a de Anderson e a profanação permanente de seu corpo - com a quebra de placas, fake news asquerosas e piadas nefastas - foram os sinais mais claros daquilo que nosso país passou a viver nesses últimos quatro anos."

Manuela d'Ávila 

Vice na chapa de Haddad em 2018

A deputada federal Talíria Petrone (PSOL-RJ) usou a data para relembrar, também, o assassinato de outras pessoas negras no Rio, como o vendedor de balas Hiago Bastos, morto por um policial em fevereiro.

"Neste 14M, os familiares e amigos de Hiago estarão em frente às barcas de Niterói em um grito por justiça. Por Marielle, por Hiago e por todas as outras vítimas desse Estado racista. Há quatro anos queremos respostas. Quem mandou matar Marielle?"

Talíria Petrone

Deputada federal (PSOL-RJ)

O perfil oficial das Mulheres do PSOL, partido ao qual a vereadora era filiada, também fez uma publicação chamando para atos em homenagem a Marielle. "Por todo o Brasil, uma série de atividades estão marcadas para lembrar seu legado e que a luta por justiça continua", diz a postagem.

O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) acusou o presidente Jair Bolsonaro (PL) de proteger o "Estado miliciano" do Rio, o que, segundo o parlamentar, engloba o mandante do assassinato. 

"Marielle e Anderson foram vítimas do Estado miliciano, que nós tanto combatemos e que encontra seu porto seguro no Palácio do Planalto."

Paulo Pimenta

Deputado estadual (PT-RS)

A também deputada Erika Kokay (PT-DF) repetiu a tese de que a ordem do crime teria partido da milícia carioca, mas não mencionou o Planalto.

"Quem mandou matar Marielle e por quê? Ainda não temos respostas. Derrotar a República das Milícias é fundamental para elucidação desse crime que chocou o Brasil e o mundo."

Erika Kokay 

Deputada federal (PT-DF)

A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) afirmou que esta segunda (14) "é um dia de dor, mas também de luta por justiça". 

"Seu legado segue encontrando novos caminhos e alcançando milhares de brasileiras e brasileiros todos os dias. Hoje é um dia de dor, mas também de luta por justiça. Quem matou Marielle e Anderson? Por quê? A mando de quem? Marielle e Anderson, presentes!"

Jandira Feghali 

Deputada federal (PCdoB-RJ)

O deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP) também fez um apelo por justiça para o caso.

"1.461 dias à espera de resposta sobre os mandantes desse crime brutal e covarde. Não vão nos calar, não vamos descansar, exigimos justiça por Marielle e Anderson."

Ivan Valente

Deputado federal (PSOL-SP)

Como mostrou o Estadão, o Ministério Público do Rio (MP-RJ) tem revisitado o material colhido durante toda a investigação para ouvir novos depoimentos e reexaminar, com tecnologia mais moderna, os celulares aprendidos nas apurações. O policial militar reformado Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio de Queiroz estão presos há três anos, acusados de serem os executores do crime. O julgamento de ambos ainda não foi marcado.

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