Publicado em 13 de maio de 2021 às 15:19
O vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid e líder da Oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), fez uma análise no Twitter sobre o depoimento do gerente-geral da Pfizer para a América Latina, Carlos Murillo, ao colegiado. Para Randolfe, a fala do gerente-geral é "esclarecedora" e, se o governo tivesse aceitado as propostas da Pfizer, "não estaríamos vivendo essa tragédia". >
Em depoimento que ocorre nesta quinta-feira (13), no Senado, Murillo confirma que, desde de maio de 2020, iniciaram reuniões com o Ministério da Saúde sobre vacinas da Covid-19. Segundo ele, em 14 de agosto, a Pfizer apresentou uma primeira oferta - de 30 milhões de doses e de 70 milhões de doses - ao Brasil, com outras duas ofertas ainda no mesmo mês, e o cronograma de entrega para final de 2020 e início de 2021. Murillo afirmou que o governo brasileiro não aceitou, entre agosto e setembro do ano passado, contratos oferecidos pela empresa que previam 1,5 milhão de doses da vacina ainda em 2020.>
Logo após as declarações, Randolfe foi para as redes sociais analisar os números apresentados por Murillo. "Se o Governo Brasileiro tivesse adquirido vacinas ano passado, as 20 milhões oferecidas, nós teríamos protegido TODA a população com mais de 60 anos e ainda sobraria. Poderia ainda, (além de salvar milhões de vidas), já ter vacinado ano passado TODOS trabalhadores de saúde - cerca de 5 milhões de pessoas (setor público e privado) - todos da chamada cadeia produtiva da saúde".>
Os cálculos do vice-presidente da comissão prosseguem: "Poderia ter vacinado TODOS os diabéticos (cerca de 13 milhões), muitos desses já estão na faixa de mais de 60 anos (35%)".>
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Randolfe destaca que a vacinação em massa poderia ter ocorrido apenas pelas vacinas da Pfizer e, se "somada às outras que vieram posteriormente, não estaríamos vivendo essa tragédia".>
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