Publicado em 8 de agosto de 2020 às 19:06
Na data em que o Brasil ultrapassa a marca de 100 mil mortos pela Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), só usou as redes sociais, até a metade desta tarde de sábado (8), para interagir com apoiadores, divulgar ações do governo e destacar o número de pacientes já recuperados. >
Enquanto Bolsonaro se concentrou nos números de recuperados, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF) decretaram luto oficial em homenagem às vítimas que perderam a vida pela Covid-19 no país. "Hoje é um dos dias mais tristes da nossa história recente", declarou o presidente do Congresso, Davi Alcolumbre (DEM-AP). "Isso é algo que jamais pode ser restituído ou compensado", afirmou o presidente do STF, Dias Toffoli. >
O presidente da República compartilhou no Instagram publicação de site alinhado ao governo sobre os 2 milhões de recuperados da infecção pela Covid-19 no país. Bolsonaro também mostrou vídeos de viagens recentes que fez ao à Bahia, Piauí e Rio Grande do Sul. As imagens mostram aglomerações de apoiadores na chegada do presidente, contrariando recomendações de autoridades de saúde.>
No Facebook, Bolsonaro repetiu que não deseja participar de articulações no primeiro turno das eleições municipais deste ano. Nos comentários da publicação, o presidente mandou um "abraço" a Mão Santa (DEM), prefeito de Parnaíba, e desejou sorte a uma apoiadora que disse ser pré-candidata a vereadora.>
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Filho "02" de Bolsonaro, o vereador pelo Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos) comentou publicação de um apoiador que sugeriu distorções sobre dados da Covid-19, pois haveria uma queda de mortos por pneumonia em 2020. "Muito curioso, não?", escreveu o vereador.>
Pouco antes, Carlos havia reagido a uma notícia que afirmava que o contágio da doença não subiu após a reabertura de escolas na Europa. "Mais uma vez utilizam uma linha politicamente correta ignorando os fatos para verem até onde podem te humilhar e então aplicar o plano de poder tão desejado. No fim, o cidadão ainda agradece a migalha oferecida pelo estado! (sic.)", afirmou filho do presidente.>
Bolsonaro já havia mencionado que o país se aproximava de 100 mil mortos, em transmissão nas redes sociais na quinta-feira (6). Ao lado do ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, o presidente disse que era preciso "tocar a vida", apesar das vítimas. "A gente lamenta todas as mortes, está chegando a 100 mil, vamos tocar a vida e buscar uma maneira de se safar desse problema", afirmou.>
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