Publicado em 4 de outubro de 2019 às 19:52
Estadão - O Ministério da Educação (MEC) quer criar mecanismos para que seja possível punir o aluno que tem um desempenho muito abaixo da média no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade). A proposta foi apresentada nesta sexta-feira (04) pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub e publicada pelo jornal Estadão.>
O aluno faz a prova como se não houvesse amanhã, disse, ao comentar os resultados do Enade para os cursos de bacharelado das áreas de Ciência Sociais, Ciências Humanas e os tecnólogos de Gestão e Negócios, Produção Cultural e Design. Ele atribuiu parte do baixo desempenho à falta de incentivo dos alunos para a realização das provas. Uma pessoa que faz a prova e acerta 10% das questões não deveria se formar, afirmou.>
A participação no exame é obrigatória, sob pena do atraso na colação de grau. O desempenho, contudo, não traz atualmente vantagens ou desvantagens para o aluno. Diante desse cenário, avalia, parte dos alunos acabam entregando a prova em branco. Ele observou que resultados abaixo do porcentual de acerto com resposta aleatórias. A ideia é também criar mecanismos positivos. E esse seria o primeiro passo da estratégia.>
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O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Alexandre Lopes, afirmou que a ideia é incluir, no próximo edital, uma regra que permita a divulgação da faixa de nota do estudante que participou do exame. Isso seria feito, por exemplo, para aqueles que tivessem um nível de acerto entre 60% e 80% e na outra faixa, para aqueles que tivessem um acerto acima de 80%. Tal mecanismo, na avaliação de Weintraub, poderia ser usado como incentivo, sobretudo no momento em que o estudante for procurar uma colocação no mercado de trabalho.>
Nada será feito a fórceps, disse Weintraub, ao apresentar as propostas. A ideia é que mudanças nas regras de avaliação sejam discutidas com especialistas.>
Parte delas, de acordo com Lopes, poderão ter aplicação imediata. Outras, necessitarão de portaria ou de mudança na lei. Lopes afirmou que a ideia é apresentar um conjunto de sugestões para melhorar as avaliações preparadas pelo Inep até o fim deste ano.>
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