Publicado em 30 de maio de 2020 às 12:35
Suspensão de aulas, de eventos para grandes públicos e de serviços públicos não essenciais têm sido as iniciativas mais presentes até o momento nos municípios brasileiros para combater a Covid-19. >
Além dessas, outras ideias estão em curso e podem servir de inspiração ou até mesmo serem replicadas por outras cidades. É o que indica um levantamento de boas práticas dos governos municipais realizado pela Agenda Pública, organização especialista no aprimoramento de serviços públicos e integrante da Rede Folha de Empreendedores Socioambientais.>
As iniciativas catalogadas até o momento podem ser acessadas no site (https://www.agendapublica.org.br/).>
"Medidas que trazem previsibilidade e são comunicadas de forma transparente consequentemente acalmam os cidadãos", diz o cientista político Sergio Andrade, diretor e fundador da Agenda Pública. "Existem ações simples, inteligentes e coordenadas nos municípios que se tornaram essenciais para conter a disseminação do coronavírus.">
>
Sergio Andrade
Cientista políticoEntre as ações diferenciadas implantadas pelas cidades, foi destacada uma feita pela cidade São Bento do Una (PE), com cerca de 60 mil habitantes.>
Foram criados grupos de Whatsapp gerenciados pela prefeitura para fomentar o comércio local durante a pandemia. Além de divulgar empreendimentos, a ação evita que a população saia do isolamento social, fazendo entregas em casa. Os grupos abrangem comércios de primeira necessidade, como alimentos e medicamentos, mas também demais mercadorias.>
Em Santos (SP), há o Comitê de Contingência para Enfrentamento do Coronavírus, que discute ações com hospitais, secretarias e ativos econômicos. Idosos que moram sozinhos são monitorados pelo Televida, programa de assistência a distância que conta com pulseira com botão de emergência e dispositivo ligado ao telefone. Ao pressionar o botão, aciona-se o sistema de viva-voz que faz contato com a central médica.>
E a pequena cidade de Itarana (ES), com pouco mais de 10 mil habitantes, criou o Disque Aglomeração, canal de denúncia de violação às medidas restritivas.>
No mapeamento, a Agenda Pública destaca a importância das gestões locais estarem atentas às seguintes questões: acompanhar a agenda nacional e estadual de medidas de suporte econômico aos cidadãos e às próprias cidades, de modo a incluir o município nessas agendas; acompanhar a agenda de organizações da sociedade civil que estejam mobilizando esforços de apoio a pequenos negócios locais e trabalhadores autônomos, por exemplo; incluir secretarias relacionadas ao tema (como trabalho, desenvolvimento econômico e assistência social) nos gabinetes de crise e planejamento de ações relativas ao momento; garantir plena comunicação de todas as decisões, ações e suportes.>
A redução de incertezas e a garantia de algum nível de previsibilidade em meio à crise podem conter parte dos seus efeitos negativos e gerar respostas efetivas.>
"Também abrimos espaço para os gestores que tiverem indicações de ações para reativação da economia local que sirvam de inspiração e possam ser replicadas em outros municípios", reforça Sergio Andrade. Para contribuir com o mapeamento colaborativo, basta acessar o site.>
Já os Guias de Ações para Gestores Públicos reúnem uma série de informações que ajudam os líderes dos municípios em temas como transparência, compras públicas, auxílio emergencial e como criar e utilizar um plenário virtual para que as decisões sejam mantidas.>
"Nossa equipe desenvolveu materiais a partir de leis relacionadas a esses temas com diretrizes sobre como os governantes devem agir nesse cenário adverso da pandemia", afirma Andrade.>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta