Publicado em 17 de março de 2021 às 19:51
- Atualizado há 5 anos
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que está pedindo ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, uma reunião emergencial do G20 -grupo das 20 maiores economias do mundo- para discutir a distribuição de vacinas contra a Covid-19 para o Brasil e países mais pobres.>
A declaração foi dada à jornalista Christiane Amanpour, da CNN americana, em entrevista que teve trechos divulgados nesta quarta-feira (17). A íntegra será exibida nesta quinta (18).>
"Eu estou sabendo que os Estados Unidos têm vacinas extras e que não vão usar toda essa vacina. E essa vacina, quem sabe, poderia ser doada ao Brasil, ou a outros países, ainda mais pobres, que não poderiam pagar", disse Lula.>
"Uma sugestão que eu gostaria de fazer ao presidente Biden por meio do seu programa é que é muito importante chamar uma reunião do G20 urgentemente. É importante convocar os principais líderes do mundo e colocar na mesa uma questão: vacina, vacina e vacina.">
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Lula afirmou que não confia no governo do presidente Jair Bolsonaro para liderar esse esforço internacional pela vacinação e elogiou Biden.>
"Eu estou pedindo ao presidente Biden para fazer isso, porque eu não acredito no meu governo. Eu não poderia pedir isso ao [ex-presidente americano Donald] Trump, mas Biden é um respiro de democracia no mundo", disse o petista.>
Na entrevista à CNN americana, Lula também deixou clara sua intenção de concorrer à Presidência em 2022.>
"Se quando chegar o momento de disputar as eleições, se o meu partido e os outros partidos aliados entenderem que eu posso ser o candidato, e se eu estiver bem de saúde, eu asseguro que eu não vou negar o convite.">
Lula voltou a ser elegível para as próximas eleições depois que o ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), anulou todas as condenações proferidas contra Lula pela 13ª Vara Federal da Justiça Federal de Curitiba, responsável pela Lava Jato.>
Até então, o ex-presidente perdera os direitos políticos porque estava enquadrado na Lei da Ficha Limpa, já que ambas as condenações pela Lava Jato haviam sido confirmadas em segunda instância.>
Na decisão, Fachin argumentou que os delitos imputados ao ex-presidente não correspondem a atos que envolveram diretamente a Petrobras e, por isso, a Justiça Federal de Curitiba não deveria ser a responsável pelo caso. Ele determinou que os casos sejam reiniciados pela Justiça Federal do Distrito Federal.>
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