Publicado em 7 de janeiro de 2021 às 10:31
- Atualizado Data inválida
Sem dar detalhes, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou nesta quarta (6), acreditar que toda a população de São Paulo estará vacinada contra a Covid-19 ainda em 2021. A expectativa é de que os dados de eficácia da vacina Coronavac sejam divulgados nesta quinta (7). O governo estadual ainda reconheceu a aceleração do contágio e cobrou respeito ao plano estadual de reabertura econômica - descumprido por algumas cidades, principalmente no litoral, nas festas de fim de ano. >
Ele se reuniu nesta quarta (6), com os prefeitos dos 645 municípios paulistas para apresentar o plano de imunização. "Antes de terminar o ano, faremos uma terceira reunião (com os prefeitos) que esperamos fazer presencialmente, dado o fato que esperamos ter a imunização completa não só dos brasileiros de São Paulo, mas desejamos de todos os brasileiros em nosso país." O Estado tem cerca de 46 milhões de habitantes. >
Doria prevê começar no dia 25 a imunização com a Coronavac, desenvolvido pelo laboratório chinês Sinovac e o Instituto Butantã, mas ainda falta a apresentação dos dados de eficácia e o registro do imunizante na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No fim de dezembro, o governo e o Butantã disseram que o imunizante superou o índice mínimo de eficácia exigido pelas agências regulatórias (50%), mas não deram o porcentual exato. >
Em 25 de janeiro, começarão a ser receber doses profissionais de saúde, indígenas e quilombolas. A partir de 8 de fevereiro, serão imunizados idosos com 75 anos ou mais. Na semana seguinte, a partir do dia 15 de fevereiro, será a vez da população de 70 a 74 anos. A partir de 22 de fevereiro, receberá a imunização a faixa de 65 a 69 anos. Por fim, no dia 1º março, será o grupo com 60 a 64 anos. >
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A previsão é vacinar 9 milhões de pessoas nessa 1ª fase, que vai até 28 de março - 7,5 milhões com 60 anos ou mais, além dos trabalhadores de saúde, indígenas e quilombolas. Não foi informado como será a vacinação dos demais grupos de risco da Covid-19, como pacientes de doenças crônicas.>
Serão duas doses por pessoa, com intervalo de 21 dias entre cada uma. Em dezembro, Doria afirmou que não será necessário comprovar residência no Estado para tomar a vacina.>
Conforme o governo, além dos 5,2 mil postos de vacinação no Estado, poderão ser usados para imunização escolas, quartéis da Polícia Militar, terminais de ônibus, estações de trem, farmácias e postos drive-thru, o que elevaria para 10 mil os locais de aplicação de doses. Esses espaços funcionarão de segunda a sexta, das 7 às 22 horas, e aos sábados e domingos, das 7 às 17 horas.>
O secretário de Saúde da capital, Edson Aparecido, disse à Rádio Eldorado prever uma capacidade de vacinação de 600 mil pessoas por dia. "Vamos usar 12 mil funcionários de apoio, 15 mil enfermeiros e três mil pontos de vacinação. Fora as 468 Unidades Básicas de Saúde (UBSs), hospitais, Amas (Assistência Médica Ambulatorial), igrejas e toda estrutura está montada", afirmou ele. "Já adquirimos 15 milhões de seringas, 14 milhões de agulhas, mais insumos utilizados." >
O governo estadual ainda pressionou os prefeitos sobre descumprimentos do Plano São Paulo, de reabertura econômica. Doria havia determinado que todo o Estado voltasse à fase vermelha (a mais restritiva, em que só podem abrir serviços essenciais, como mercados e farmácias) nos dias 25, 26 e 27 de dezembro e nos dias 1º, 2 e 3 de janeiro. >
Mas parte das prefeituras - menos de 20, segundo o Estado - descumpriu a determinação, a exemplo de Santos. Em nota, a prefeitura de Santos afirmou que no fim do ano "realizou ações mais restritivas, fiscalizando o uso da máscara, implantando barreiras sanitárias e fazendo bloqueios na orla". Os prefeitos que descumpriram as normas podem ser denunciados pelo Ministério Público. >
O secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, disse que a desobediência terá consequências para os municípios. "Vamos priorizar aqueles que seguem o Plano São Paulo. Aqueles que forem irresponsáveis irão para o fim da fila nos atendimentos", afirmou.>
Mais tarde, Vinholi disse ao Estadão que a fala não se refere à vacinação ou outras ações essenciais, mas "na construção de parcerias" com essas prefeituras e afirmou que vão priorizar "gestões responsáveis". >
"Esperamos que essas exceções não mais aconteçam", disse Doria. "Esse ano de 2021 será muito mais difícil do que imaginamos até outubro passado", acrescentou. Segundo o secretário da Saúde, Jean Gorinchteyn, dez hospitais paulistas atingiram a capacidade máxima com o avanço da Covid este ano, mas não detalhou quais. Ele disse que vai ampliar o total de leitos.>
Plano prevê vacinar 9 milhões de pessoas de 25 de janeiro a 28 de março, dos quais 7,5 milhões com 60 anos ou mais. Serão duas doses por pessoa, com intervalo de 21 dias entre uma e outra. Não é necessário residir no Estado.>
Profissionais de saúde, indígenas e quilombolas. Segunda dose em 15 de fevereiro.
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Idosos de 75 anos ou mais. Segunda dose prevista para 1º de março.
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Idosos entre 65 e 69 anos. Segunda dose em 15 de março.
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Idosos entre 60 e 64 anos. Segunda dose em 22 de março.
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