> >
Bolsonaro atende o STF e entrega teste negativo de Covid para ir à posse de Mendonça

Bolsonaro atende o STF e entrega teste negativo de Covid para ir à posse de Mendonça

A medida atende a um dos requisitos estabelecidos pela corte para os cerca de 60 convidados à cerimônia de posse do indicado.  O outro era comprovante de vacinação

Publicado em 15 de dezembro de 2021 às 14:27

Ícone - Tempo de Leitura 3min de leitura
André Mendonça ao lado do presidente Bolsonaro
André Mendonça ao lado do presidente Bolsonaro. (Carolina Antunes/PR)

presidente Jair Bolsonaro (PL) enviou nesta quarta-feira (15) teste negativo de Covid-19 ao STF (Supremo Tribunal Federal), para poder participar da posse de André Mendonça.

A medida atende a um dos requisitos estabelecidos pela corte para os cerca de 60 convidados à cerimônia de posse do segundo indicado de Bolsonaro ao Supremo.

O outro era comprovante de vacinação, mas o presidente é crítico da vacina contra o coronavírus, e alega não ter se vacinado.

"O presidente da República, Jair Bolsonaro, confirmou presença na posse do Ministro André Mendonça, que será realizada nesta quinta-feira (16). A equipe médica da Presidência enviou nesta quarta (15) teste negativo para Covid-19, previsto na resolução 748/2021 do STF sobre as regras para ingresso nos prédios do STF a fim de conter a disseminação da Covid-19", diz nota do Supremo.

A posse de Mendonça ocorre em meio à retomada de tensões entre Bolsonaro e o Supremo. Segundo relatos, ele cogitou não ir ao evento devido ao mal-estar com os ministros, em especial, Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso.

A questão da vacina é justamente um dos pontos de atrito com a corte. O presidente se irritou com a decisão de Barroso de obrigar o país a barrar viajantes que não tenham o comprovante de imunizante contra a Covid-19.

A decisão liminar, em resposta a uma ação da Rede Sustentabilidade, dá que estrangeiros só poderão entrar no país mediante a apresentação do documento.

Já brasileiros que não tenham como comprovar a imunização devem ficar em quarentena por cinco dias e depois realizar um teste PCR.

A liminar será avaliada pelo plenário virtual da corte nesta quarta-feira (15).

Outro ponto de tensão do chefe do Executivo com a corte são os inquéritos em que é investigado, relatados por Moraes.

No mais recente deles, por ter feito falsa associação entre a vacinação contra a Covid-19 e o risco de se contrair o vírus da Aids.

A PGR (Procuradoria-Geral da República) chegou a pedir que a investigação fosse anulada, mas na terça-feira (15) Moraes negou o pedido.

Em entrevista recente, Bolsonaro se queixou da prisão de aliados em inquéritos também relatados pelo ministro, a que chamou de "violência".

"Isso é uma violência praticada por um ministro do Supremo que agora abriu mais um inquérito em função de uma live que eu fiz há poucos meses. É um abuso", disse o presidente, sem citar o nome de Moraes, ao fazer referência à ordem de prisão do aliado caminhoneiro conhecido como Zé Trovão.

"É o que eu disse: ele está no quintal de casa. Será que ele vai entrar? Será que ele vai ter coragem de entrar? Não é um desafio para ele. Quem tá avançando é ele, não sou eu", completou.

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais